12/07/2010 17:20
A situação dos aeroportos do país lidera a lista de preocupações da CBF e da Fifa para o Mundial brasileiro, e entre eles, está o de Vázea Grande.
O receio de um novo caos aéreo é tamanho que as entidades decidiram, na semana passada, fatiar o Brasil em quatro regiões para evitar que delegações e torcedores façam viagens muito longas.
Embora ocorra já uma inquietação em relação à capacidade aeroportuária para a Copa de 2014, os gargalos podem ser percebidos hoje.
De acordo com relatório da Infraero, estatal que administra os aeroportos, 9 das 14 estruturas que serão utilizadas no Mundial operam no limite nos horários de pico. Até o torneio, ainda segundo a Infraero, mais três aeroportos estarão no limite.
No caso do Aeroporto Marechal Rondon, a questão está no pequeno porte do Aeroporto, que etem apenas duas esteiras de desembarque das malas, os passageiros precisam caminhar pela pista durante o desembarque e o check-in é pequeno, entre outros gargalos.
O título de aeroporto intenacional também não tem funcionado, já que para fazer voos desse tipo, companhias de turismo estão tendo que se utilizar do aeroporto de Campo Grande, que é menor do que o de Várzea Grande.
Levantamento feito pelo governo federal aponta que o aumento do número de passageiros no país cresce quase o dobro da velocidade vista no restante do mundo.
Entre as causas apontadas está, além de um crescimento natural da demanda, a recente popularização dos preços das passagens aéreas.
PROBLEMAS
Foram apontadas limitações nos terminais de passageiros, pátios e pistas. O aeroporto de Guarulhos (Grande SP), por exemplo, tem pátio e terminal funcionando acima da demanda. A pista deve passar a operar no limite no ano da Copa do Mundo.
Entre as obras previstas para desafogar o aeroporto está a construção de um terceiro terminal de passageiros. A obra, orçada em R$ 950 milhões, aumentará a capacidade para 30,5 milhões de passageiros por ano –em 2009 foram 21,7 milhões.
O estudo da Infraero aponta também que até aeroportos livres de problemas, caso do Santos Dumont (RJ), apresentam áreas deficitárias.
Uma solução sugerida pela estatal é a instalação de módulos operacionais –apelidados de “puxadinhos”– para atender aos passageiros nos aeroportos em que acontecerem discrepâncias entre o aumento da demanda e a velocidade das obras.
Os módulos, de caráter temporário e que têm custo de aproximadamente R$ 2.500 por metro quadrado, poderão ser aproveitados em aeroportos menores depois.
No Congresso, tramita uma medida provisória que permite desburocratizar licitações de obras em aeroportos que serão para acelerar as reformas. A oposição, entretanto, tenta barrar o texto.