Esporte em Mato Grosso ganha identidade com Maggi

28/08/2010 11:41

Oportunidade para o talento. Foi essa a filosofia que projetou Mato Grosso no cenário esportivo internacional a partir de 2003. De grandes conquistas coletivas, como a vinda da Copa do Mundo de 2014, até as vitórias individuais, como a do carateca cuiabano Thiago Antônio, que por um programa de governo virou referência mundial em Karatê-Dô, a gestão Blairo Maggi (PR) reconheceu o poder social e a importância cultural das mais diversas modalidades esportivas.

Políticas de valorização dos atletas profissionais e amadores e investimentos em infra-estrutura com a construção de 68 quadras e miniginásios inseriram o Estado em uma nova era. Aos 26 anos, o bicampeão panamericano em Karatê Thiago Antônio ostenta orgulhoso os títulos conquistados com sacrifício. Em novembro ele disputará pela primeira vez o campeonato mundial da categoria, em Curitiba.

De origem humilde, o atleta revela que sua oportunidade de ganhar o respeito mundial por seu talento surgiu com o Programa Bolsa Atleta, criado em 2004 por meio da Secretaria Estadual de Esportes e Lazer. O projeto atende 128 esportistas mato-grossenses, campeões em modalidades variadas, com uma ajuda mensal de R$ 800 pelo período de um ano.

“Passei a receber a bolsa a partir de 2006 e então pude participar no ano seguinte do Panamericano em Lima, no Peru. Com esse dinheiro, paguei minhas despesas e ganhei meu primeiro título internacional”. Em anos anteriores, Thiago já havia sido convocado pela Seleção Brasileira de Karatê, mas a mãe, dona-de-casa, não tinha recursos para custear os gastos que a carreira de atleta demanda. Com o incentivo público, hoje Thiago faz parte da elite nacional do esporte.

O professor de artes marciais José Humberto de Souza, 53 anos, conta que desde 1975 trabalha com esportes em Mato Grosso. Campeão brasileiro em Karatê por 19 vezes, Panamericano por oito e Mundial por outras quatro, ele relembra que até 2003 os praticantes de várias atividades esportivas viviam marginalizados, em uma luta incessante por recursos para treinar e participar de competições. Hoje, vários atletas regionais gozam de prestígio no cenário nacional. No caso do Karatê, a base da seleção brasileira é formada justamente por atletas mato-grossenses – este ano, 18 estão convocados para integrar o grupo oficial.

“A gente brinca que vivia com o ‘pires na mão’, implorando patrocínio. O Blairo enxergou a importância do Esporte na vida das pessoas e fez com que as políticas do segmento fossem efetivamente cumpridas. Ele foi um ótimo administrador do dinheiro público e deu oportunidades para os praticantes amadores e profissionais de todas as áreas. A iniciativa se estendeu desde o suporte individualizado aos atletas de alto rendimento até a construção de infra-estrutura para os cidadãos praticarem atividades”, avalia Souza.

Enquanto Cuiabá recebeu o Ginásio Aecim Tocantins, que permitiu a vinda de grandes eventos esportivos internacionais, e a construção da Arena Multiuso, o antigo Estádio “Verdão”, os atletas estudantis também foram atendidos. Os estudantes que se destacaram nas olimpíadas oficiais entre alunos também são beneficiados com uma bolsa de R$ 500 mensais, durante um ano. Além disso, foram construídas 40 quadras poliesportivas, 28 miniginásios e oito miniestádios, contemplando diversos municípios.

“O esporte tem uma função educadora muito importante na vida do cidadão. Ensina a disciplina, o respeito pelo próximo e a superação de limites. Quando um governo investe em Esporte, economiza em Saúde e tem rendimento maior na Educação. Os países mais desenvolvidos do mundo investem no Esporte e o Maggi enxergou isso”, avalia o campeão José Humberto de Souza.

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