Seguranças de Mauro agridem repórter-fotográfico

02/09/2010 17:39

O repórter-fotográfico Guilherme Filho, que assessora o candidato à reeleição Silval Barbosa (PMDB), afirmou que foi agredido ontem por seguranças do também candidato ao governo Mauro Mendes (PSB). O fato ocorreu por volta das 18h40, no bairro Pedra 90, em Cuiabá, durante um “arrastão” da campanha de Mauro.

Segundo Boletim de Ocorrência, Guilherme foi imobilizado pelos seguranças com uma “gravata”. Em seguida, teve seu equipamento fotográfico arrancado da mãos e parte dele quebrado. Outro profissional que acompanhava o repórter, um cinegrafista, registrou em vídeo a agressão.

“É um absurdo. Em 30 anos de profissão, nunca passei por uma situação dessa. Já trabalhei em seis campanhas e nunca fui agredido e constrangido dessa maneira. Os seguranças vieram gritando que eram da polícia, vieram como selvagens pra cima de mim. Como se eu fosse um bandido, um asssaltante. Um deles estava com uma arma na cintura e outro, com um pedaço de pau na mão. Fiquei com medo de ser espancado”, afirmou Guilherme Filho.

O repórter contou que os seguranças desceram do carro correndo e, ao fazerem a abordagem, já foram logo tentando lhe tomar o equipamento. “Eles puxaram o flash com tanta força que quebraram tudo. Daí, eles jogaram o flash no chão e o pisotearam. Eu tentei segurar a câmera, mas não resisti porque os caras iam levar o meu braço junto”, relatou.

Os agressores levaram a câmera fotográfica, uma Canon EOS-XSI, avaliada em R$ 7 mil. “Eu quero meu equipamento de volta. É minha ferramenta de trabalho”, lamentou Guilherme Filho.

Mauro e Taques presenciaram agressão

Segundo o profissional, os seguranças saíram do mesmo veículo em que estavam os candidatos Mauro Mendes e Pedro Taques (PDT), que disputa o Senado. Eles estavam na carroceria do veículo.

“Eles viram tudo, estavam a dois metros da gente, e não desceram do carro para impedir a agressão. Depois, o Mauro veio se desculpar e disse que iria cobrir o prejuízo. Mas, na hora da agressão, eles só ficaram olhando”, disse Guilherme.

O repórter afirmou que pode levar o caso à Polícia Federal. “Gostaria de acreditar que não se trata de uma agressão relacionada à campanha política. Quero meus equipamentos de volta. Caso isso não aconteça, vou fazer uma queixa na Polícia Federal, que trata de crimes políticos e eleitorais”, afirmou.