Repórter quer R$ 20,4 mil de Mauro Mendes por danos

20/09/2010 15:10

O repórter-fotográfico Guilherme Filho, que assessora o candidato à reeleição Silval Barbosa (PMDB), pretende receber R$ 20,4 mil do também candidato ao governo Mauro Mendes (PSB) por danos morais e materiais.

Filho acionou Mendes na Justiça por ter sido, segundo ele, agredido no último dia 12 de setembro por seguranças do candidato, no bairro Pedra 90, em Cuiabá, durante um “arrastão” de campanha.

Segundo a ação, o fotógrafo pede R$ 6.600,00 de indenização por danos materiais e R$ 13.800,00 por danos morais.

“A reparação, nesse caso, atende a uma exigência de ordem social, posto que o prejuízo decorrente de ato indevido do agente acarreta, por consequência, um desequilíbrio na harmonia social. O que se pretende é reprimir a ofensa, advertir e educar o ofensor, compensar o ofendido, criando assim um clima de satisfação para a vítima”, afirmaram os advogados Murilo Mateus Moraes Lopes e Carla Mitiko Honda da Fonseca, que defendem Guilherme Filho.

Segundo Boletim de Ocorrência, Guilherme foi imobilizado pelos seguranças com uma “gravata”. Em seguida, teve seu equipamento fotográfico arrancado das mãos e parte dele quebrado. Além disso, o que sobrou do equipamento foi “confiscado” pelos seguranças. Outro profissional que acompanhava o repórter, um cinegrafista, registrou em vídeo a agressão.

O fotógrafo afirmou que acionou Mendes com o objetivo de ser ressarcido. “Até agora não devolveram meu equipamento fotográfico. Era um equipamento com pouco mais de oito meses de uso. Além disso, busco também ser ressarcido por dano moral, já que fiquei exposto a essa situação toda e até deixei de realizar alguns trabalhos. Mais de quarenta veículos de comunicação em todo o país noticiaram o ocorrido e familiares meus, de outros estados, me ligaram preocupados com a minha integridade física”, afirmou.

Outro lado

O advogado Paulo Taques, coordenador jurídico de Mauro Mendes, afirmou que o equipamento de Guilherme Filho foi entregue à Justiça Eleitoral e que servirá de “prova” em uma representação que foi proposta contra os candidatos Silval e seu vice, Chico Daltro, por abuso de poder político.

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