WS faz acordão com Mauro; meta é Prefeitura em 2012

23/09/2010 12:53

A 10 dias das eleições, os candidatos Mauro Mendes (PSB) e Wilson Santos (PSDB), adversários históricos, resolveram fazer um acordo que envolve não só a unidade em caso de eventual segundo turno na corrida ao Palácio Paiaguás, mas também acerca da disputa à Prefeitura de Cuiabá em 2012.

A cúpula do DEM, capitaneada pelos irmãos Júlio e Jayme Campos, que coordena a campanha de Wilson, se reuniu com Mendes na quarta, em um restaurante na Capital.

Os grupos avaliaram que precisam continuar unidos contra o governador Silval Barbosa (PMDB), líder nas pesquisas, no sentido de manter uma linha dura, na esperança de atrair os eleitores que ainda estão indecisos e levar o pleito para o segundo turno.

Nesse caso, se Mendes, segundo colocado nas intenções de voto, for o candidato das oposições contra Silval, terá o apoio do bloco de Wilson. Em moeda de troca, o empresário assume o compromisso de se juntar ao tucanato na corrida ao Palácio Alencastro, em 2012.

Na hipótese do candidato vir a ser Wilson, este se compromete a estar com Mendes nas eleições para prefeitura. Esse entendimento foi proposto pelo próprio ex-prefeito de Cuiabá há cerca de um mês e, agora na reta final da campanha visando a sucessão estadual, ganha corpo.

A preocupação de Mendes, embora tenha concordado nas conversas de bastidores, é com o fato de ser inimigo político de Wilson, contra o qual disputa eleição pela segunda vez. A primeira foi em 2008, inclusive em confronto no segundo turno pela Prefeitura de Cuiabá.

Rumo a 2012

Nessa discussão dos dois grupos sobre as eleições municipais, quem fica de fora é o prefeito petebista Chico Galindo. Então vice de Wilson, ele foi empossado em final de março deste ano e conduzirá o Alencastro até 2012. Galindo não está nos planos de Wilson e, mesmo assim, se vê “amarrado” por acordos assumidos com o tucano, tanto que quase todo o seu secretariado continua com a cara da administração anterior.

Resta uma alternativa: ou romper com o grupo de Wilson e conduzir uma administração independente, após as eleições gerais, o que alimenta boa expectativa para disputar a reeleição, ou continuar tendo Wilson como prefeito paralelo.

Até agora, Galindo tem se manifestado como fiel ao candidato tucano ao governo, embora receba cobrança de todo lado para não só se empenhar mais na campanha, como contribuir financeiramente e lotear a prefeitura de apadrinhados de lideranças tucanas e democratas.

Quase todo o PTB de Galindo pulou do barco e se juntou a Silval, que pode até vencer as eleições no primeiro turno. Muitos entendem que a saída de Galindo seria fazer o mesmo, ou seja, se tornar aliado do Paiaguás já que, pela movimentação de Wilson, jamais o apoiará em caso de reeleição.