Governador viaja à Bolívia para buscar aval sobre gás

08/10/2010 10:17

O governador Silval Barbosa (PMDB) embarca para a Bolívia no próximo dia 18 para tratar do contrato de compra e venda de gás natural assinado com a estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). A intenção, segundo Silval, é assegurar o retorno do fornecimento de gás natural à usina termelétrica de Cuiabá, a UTE Mário Covas, desativada há mais de três anos por falta do combustível. Em funcionamento, a usina aumenta a viabilidade econômica do gás e a confiabilidade energética de Mato Grosso, já que a térmica supre sozinha 70% da demanda de Mato Grosso.

O peemedebista recebeu ajuda da então ministra-chefe da Casa Civil e atual candidata à Presidência, Dilma Rousseff (PT), que intermediou o relacionamento do governo de Mato Grosso com a Petrobras e o governo boliviano. A expectativa é que a estatal brasileira ceda parte do gás fornecido pela YPFB para o Estado. Para que Mato Grosso se torne cliente da estatal nacional é preciso que os bolivianos dêem aval à Petrobras, por meio de um aditivo ao contrato que já existe entre os dois países. Mato Grosso aguarda pelo “sim” boliviano desde maio, quando a alternativa ao suprimento de gás à térmica foi oficializada ao governo do país vizinho.

Neste ano, o governador também se encontrou com o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, que assegurou solução para o problema de fornecimento de gás. Silval expôs ao ministro a necessidade de uma solução rápida, que resultará em estabilidade do setor. A térmica que pode gerar em ciclo combinado de vapor e gás pode ofertar até 520 megawatts ao sistema elétrica estadual.

O encontro na Bolívia deve assegurar o retorno do funcionamento à Mário Covas até o final do ano. O governador também recebeu garantias da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

“Com a ajuda dos ministros vamos resolver este impasse. Tenho as portas abertas para fazer as reivindicações no governo federal”, reforça o governador Silval.

De acordo com o diretor da Pantanal Energia, controladora da usina, Fábio Garcia, a expectativa é muito grande em torno das negociações já que o retorno da operação da termelétrica promete segurança energética, principalmente, à Baixada Cuiabana. “A reativação da usina garante o desenvolvimento industrial para os próximos 10 anos”, assegura.

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