Brasil e Argentina discutem integração produtiva

19/10/2010 09:51

A reunião entre os dois países é uma promoção da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (SECEX/MDIC), em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (SIMERS) foi convidado para articular a presença de empresários gaúchos.

Do lado argentino, a iniciativa é coordenada pelo Ministério da Indústria (MIT), com apoio do Banco Nacional da Argentina (BNA) e do Banco de Investimento e Comércio Exterior (Bice). A reunião de trabalho com o setor de máquinas e implementos agrícolas segue o cronograma de atividades para a integração produtiva, que têm o objetivo de identificar projetos industriais passíveis de financiamento dos bancos públicos de fomento.

A coordenadora geral de Desenvolvimento de Programas de Apoio às Exportações da SECEX/MDIC, Cândida Cervieri, explica que o evento em Porto Alegre ocorre depois de encontros com o setor privado brasileiro e argentino. “As duas partes agora conversarão sobre suas demandas, buscando soluções através de projetos industriais binacionais. Nesse sentido, este é o momento de avaliar possibilidades de exportação conjunta e prospecção de novos mercados, com foco na melhoria da pauta comercial regional”, explica Cândida.

O próximo passo da integração produtiva é a construção de uma matriz de potencialidades e gargalos com representantes do setor de máquinas e implementos agrícolas, visando ao incremento da competitividade interna e internacional.

Brasil e Argentina iniciaram este processo de fortalecimento da complementaridade industrial em fevereiro deste ano, após diálogos travados no âmbito das negociações do MERCOSUL. Outros setores, como vitivinicultura, lácteos e madeira e móveis, também têm participado das negociações propostas e se encontram, atualmente, na fase de rodadas de negócios. A meta é envolver mais quatro setores até o final do ano: petróleo e gás, linhas branca e marrom, aeronáutico e autopeças.