Agora, é acusado de comprar material escolar em padaria

24/10/2010 10:09

Entidades que se denominam “em defesa do patrimônio público, moralidade na administração e por Várzea Grande” lançaram, no sábado (23), um manifesto contra a gestão do prefeito da cidade, Murilo Domingos (PR).

O grupo, com base na ação civil pública junto ao Ministério Público Estadual (MPE), nº 046/2010, denúncia que Murilo comprou carteiras e materiais escolares em uma padaria (veja abaixo a íntegra da denúncia).

Por meio de um panfleto, o movimento convida a população para participar da sessão na Câmara de Vereadores da cidade, na próxima segunda-feira (25), às 18 horas, oportunidade em que deve ser votada o terceiro pedido de abertura de Comissão Processante, para investigar Murilo.

Essa investigação poderá, até mesmo, provocar a cassação do prefeito. A denúncia foi encaminhada pelo ex-procurador do município, Antônio Carlos Kersting Roque.

Apesar do apelo, pelo retrospecto da Câmara e das posições dos vereadores, que não esboçam nenhum tipo de enfrentamento às decisões do prefeito, o pedido deve, novamente, ser arquivado.

Murilo não tem oposição na Câmara. Na última sessão em que foram apresentadas as denúncias, o irmão de Murilo, o ex-secretário de Fazenda, Toninho Domingos, agrediu o ex-vereador Edilson Baracat. Esse episódio, inclusive, foi parar na Delegacia.

Durante a sessão de segunda-feira, os movimentos irão distribuir dois mil pães, em protesto. Na publicação, os movimentos incentivam a população a fiscalizarem os vereadores.

“Testemunhe e participe de mais este momento cívico e histórico de nossa cidade. Veja se seu vereador vai votar a favor do povo”, ao negritar: “É agora ou nunca. Participe”.

Coleção de denúncias

Murilo Domingos já foi denunciado por outros dois casos: uma delas diz respeito a um parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que apontou gastos excessivos com publicidade no ano da reeleição (2008), ao se comparar com os anos anteriores.

O segundo ponto é referente ao Caso “João Só”, quando Murilo foi condenado em primeira instância, por determinação do juiz Gonçalo Antunes de Barros, da 1ª Vara Especializada da Fazenda Pública.

Ele é acusado de fraudar processo licitatório visando a conceder vantagens ao utilizar empresas de “fachada” e de apropriação indébita de dinheiro público. O fato aconteceu em 2005.

Também foi apresentada outra denuncia, está deverá ser apresentada junto com o caso da padaria, o caso “Mil Milhas”. O prefeito é acusado de autorizar a contratação da empresa Mil Milhas, de propriedade Gustavo Trevisan Gomes, que, segundo a denúncia, seria genro de Toninho Domingos, que, na época (em 2006), ocupava o cargo de secretário de Fazenda.

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