Amigos e familiares dão último adeus a Clóvis Roberto

04/11/2010 14:12

O velório do radialista, jornalista e apresentador de TV, Clóvis Roberto, 63 anos, está sendo marcado por um clima de comoção por parte de familiares, amigos e políticos, que estiveram na Capela Jardins (em frente ao Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá), dando o último adeus ao profissional.

O corpo está sendo velado desde a noite de ontem (4) e será enterrado às 15h de hoje, no Cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá, na Rodovia Palmiro Paes de Barros, no bairro Parque Atalaia.

Clóvis lutava contra um câncer no pulmão desde 2009 e, no último sábado (30), foi internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital São Mateus, na Capital. Na segunda-feira (1º), ele foi transferido para um quarto da unidade hospitalar, mas não resistiu às complicações e faleceu por volta das 17h30 de ontem.

Para o superintendente do Grupo Gazeta de Comunicação, Dorileo Leal, a morte do jornalista é uma perda muito grande, tanto para a área jornalística quanto para a sociedade mato-grossense, uma vez que ele sempre atuou em defesa dos menos favorecidos.

“É uma dor irreparável, pois, além de um companheiro profissional, ele era um amigo e irmão pessoal. Uma pessoa insubstituível, tinha muitas qualidades, sempre pautado na coerência e na honestidade. Lutou contra poderes e poderosos, sempre na linha de defesa dos mais carentes, mais humildes, visando a combater o errado”, afirmou o empresário.

O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado, falou da importância do papel do apresentador do programa “Cadeia Neles”, para área de segurança em Mato Grosso.

“Lamento pela morte do Clóvis. É um momento muito triste, tanto para o jornalismo quanto para sociedade mato-grossense. Ele eempre levou a informação a todos de forma precisa e fazia a intermediação do Governo com a sociedade. Na Segurança Pública, fizemos várias ações a partir dos emails que lia em seu programa e dos questionamentos que fazia, trazendo resultado efetivo para sociedade”, disse o secretário.

“Gladiador”

Para o radialista Edivaldo Ribeiro, da Rádio Cidade e que atuou junto com Clóvis na bancada do programa “Cadeia Neles”, o apresentador foi um “gladiador” na luta contra o câncer, mas, infelizmente, não conseguiu vencer a doença.

“Tínhamos um convívio diário. Ela era uma pessoa leal, digna e preocupada com a família. Em alguns pontos divergíamos, mas sempre tivemos uma relação muito boa. Sempre digo que na vida existe um tributo que não se paga, que é a morte. Todos nascemos e sabemos que vamos morrer um dia. Tenho certeza que sua missão foi cumprida e partiu para uma dimensão superior”, afirmou.

História

Clóvis Roberto iniciou sua carreira no rádio, no município de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá). Em 1996, começou a apresentar o programa policial “Cadeia Neles” e, atualmente, também tinha um programa diário na Rádio CBN Cuiabá, emissora do Grupo Gazeta.

Em setembro de 2009, ele começou um tratamento contra o câncer e voltou a apresentar seu programa em maio deste ano, oito meses depois.

Ainda lutando contra a doença e sem estar 100% recuperado, o apresentador continuou o Cadeia Neles, voltando a se afastar na semana passada. Ele se submeteu a sessões de radioterapia, o que o deixou debilitado.

Além de jornalista, Clóvis concorreu em 2002 ao cargo de deputado estadual pelo PSDB. Obteve 14.324 votos, ficando na suplência e assumindo a cadeira na Assembleia Legislativa por quatro meses.

Depois da sigla tucana, o apresentador foi para o PPS, que, na época, tinha o ex-governador Blairo Maggi como principal referência. Apesar disso e da mudança de Maggi para o PR, Clóvis acabou voltando para o PSDB.

Nas eleições deste ano, o partido chegou a listá-lo como possível candidato a deputado estadual. Porém, o apresentador optou por ficar fora da disputa.

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