UNE monta central de reclamações do Enem

09/11/2010 09:07

A UNE (União Nacional dos Estudantes) montou uma central para receber reclamações de estudantes prejudicados pelos erros ocorridos durante a aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) no sábado (6) e domingo (7). Os candidatos podem entrar em contato com a entidade pelo e-mail [email protected] e pelo telefone (11) 2771-0792, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

A entidade quer que o MEC (Ministério da Educação) calcule o mais rápido possível o número exato de estudantes que foram prejudicados. Cerca de 21 mil cadernos de prova amarelos apresentaram erro de montagem e não continham todas as 90 questões aplicadas nos sábado (6). Não se sabe ainda quantos candidatos foram prejudicados por esse problema e o MEC estuda aplicar novas provas para esse grupo.

Outro problema ocorreu na folha em que os estudantes marcam as respostas das questões, que estava com o cabeçalho das duas provas trocado. O exame teve 90 questões, sendo a primeira metade de ciências humanas e o restante de ciências da natureza. Mas, na folha de marcação, as questões de 1 a 45 eram identificadas como de ciências da natureza e as de 46 a 90, como de ciências humanas.

Na avaliação do presidente da UNE, Augusto Chagas, não há necessidade de anular o exame, como determinou a Justiça Federal no Ceará, se o número de participantes prejudicados for “residual”.

– Nossa primeira impressão é que se o problema for localizado, não há justificativa. O prejuízo é inegável aos estudantes que receberam a prova com defeito, mas se o número for muito residual, você tem, por outro lado, milhões de alunos que se prepararam e fizeram a prova sem problemas. Não seria correto prejudicar a ampla maioria em nome de uma minoria.

A UNE defende o uso do Enem como uma forma de superação do modelo de vestibular tradicional, considerado por Augusto como uma ferramenta “arcaica”.

– O Enem deve se consolidar na direção da democratização da universidade brasileira como são os casos do ProUni e da seleção de dezenas de universidades federais pelo país, superando o velho modelo do vestibular, cruel método de acesso ao ensino superior no país.