PR indica Rezende à Infraestrutura; Nininho ganha vaga de deputado

12/11/2010 10:18

 A bancada do PR, que garantiu nas urnas o maior número de cadeiras na Assembleia (6 das 24) fechou, por unanimidade, a indicação do nome do deputado reeleito Sebastião Rezende para o comando da secretaria estadual de Infraestrutura. O blog apurou que, como forma de ganhar força e respaldo no Palácio Paiaguás, a direção regional da legenda, sob Wellington Fagundes, é quem formalizará o pedido. Com Rezende no primeiro escalão do governo Silval Barbosa, a vaga no Legislativo ficará com o primeiro-suplente, empreiteiro e agricultor Ondanir Bortolini, o Nininho, ex-prefeito de Itiquira.

   Não é de hoje que Rezende sonha em conduzir a Infraestrutura, que terá um orçamento para 2011 de R$ 593,5 milhões, 13,4% a mais se comparado aos R$ 685,5 milhões do exercício deste ano. No governo Blairo Maggi, o deputado, em silêncio, pleiteou o cargo, mas não conseguiu força política para tal. Agora, o cenário é outro. Dos seis eleitos e/ou reeleitos da bancada republicana, Rezende é o único que se antecipou a esse desejo de virar secretário. Ademais, foi o segundo mais votado da coligação PT-PR-PMDB, que assegurou 12 vagas, atrás de Sérgio Ricardo, com 87.407. Os demais do PR que farão parte da nova legislatura são Mauro Savi, Wagner Ramos, João Malheiros e Jota Barreto.

    Com a força da Assembleia de Deus, da qual é membro, Rezende teve 51.552 votos. Garantiu o terceiro mandato. Ele é de Rondonópolis. É engenheiro civil e advogado. Sem alarde, ele obteve respaldo dos colegas republicanos. Um dos emissários que inclusive já consultou o governador reeleito Silval Barbosa sobre a indicação é Sérgio Ricardo. Ele “arrancou” do peemedebista uma sinalização de que pode aceitar Rezende da pasta de Infraestrutura. Ficou combinado, então, que o parlamentar entrará para o primeiro escalão dentro da cota do PR, que elegeu para uma vaga de senador o ex-governador Blairo Maggi, conquistou a maior bancada na Assembleia e duas das oito cadeiras na Câmara dos Deputados dentro da representação mato-grossense.

   Arnaldo Alves de Souza, que está à frente da Infraestrutura há sete meses, quando passou a substituir o então secretário Vilceu Marchetti, que caiu após a “explosão” do escândalo do superfaturamento na compra de 705 máquinas pesadas, deve voltar para o Planejamento e Coordenação Geral, de cuja pasta havia se tornado titular com a saída de Yênes Magalhães para a direção da Agecopa. Nos bastidores, Arnaldo até manteve contato com a direção do PR para dizer que, apesar da atuação mais técnica, é filiado ao partido, tudo para tentar convencer o partido a reforçar seu nome na Infraestrutura.

    O governador reeleito já começou a montar a equipe do primeiro escalão, mas só vai finalizar o quadro em dezembro, visando a posse em 1º de janeiro. Pretende trocar o comando de mais de 90% das secretarias, além de órgãos, empresas e autarquias que compõem uma máquina detentora de um orçamento de R$ 11,2 bilhões. Estuda também fundir umas pastas e desmembrar outras.

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