Alta no preço: O ano não começou bom para os mato-grossenses

05/01/2011 11:34

O ano não começou bom para os mato-grossenses. O cuiabano, em especial, depois das altas dos estacionamentos dos shoppings Pantanal e Goiabeiras logo no primeiro dia ano, se depararam ontem com novos preços aos combustíveis nos postos revendedores. Na maioria das revendas a alta foi generalizada, do litro do etanol ao do óleo diesel. Em plena entressafra, o derivado da cana-de-açúcar se aproxima de R$ 2 o litro e, assim, vai colocando fim à competitividade sobre a gasolina. O último registro do litro acima deste valor foi em 2008.
Com o atual preço em cerca de R$ 1,97, o litro do etanol já corresponde a 68% do preço do litro da gasolina, valor esse também reajustado em cerca de R$ 0,10 na Capital. Para haver vantagem no consumo do etanol o valor dele deve representar até 70% do preço do derivado do petróleo, já que a queima nos motores a álcool é maior, ou seja, com álcool se roda menos quilômetros quando comparado ao desempenho obtido com a gasolina.
A alta média observada pelo Diário nas revendas localizadas nos principais corredores de Cuiabá foi de 5% ao etanol hidratado e de 3,5% para a gasolina. Até o final da tarde de ontem, muitos postos em Cuiabá e Várzea Grande ainda operavam com os preços inalterados. Alguns frentistas explicam que o ajuste de preços será feito na medida em que os estoques forem repostos no decorrer da semana, “já que a alta é apenas reflexo dos novos preços passados pelas distribuidoras”. Onde a majoração foi aplicada o preço de bomba do etanol passou de cerca de R$ 1,86/1,87 para R$ 1,97. A gasolina que podia ser encontrada entre R$ 2,77/2,78 foi para R$ 2,88. O óleo diesel, que se mantinha abaixo de R$ 2,20 o litro, já passava de R$ 2,25 ontem.
Repasses – O Sindicato dos Revendedores de Combustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo) explica que o movimento altista não é peculiaridade de Mato Grosso e vem sendo registrado em todo o Centro-Oeste. Em outros estados como o Paraná também viram os combustíveis mais caros neste início de 2011.
Como explica do sindicato patronal, o acréscimo do óleo diesel reflete a alta sobre o preço do biodiesel. “O preço desse produto, que é adicionado ao óleo diesel, subiu em torno de 25%. Ao final, o reajuste no óleo diesel – repassado pelas distribuidoras e que já chega ao consumidor final – alcança 1%. O percentual equivale a aproximadamente R$ 0,04 sobre o litro do diesel. Obtido após o leilão do biodiesel, o aumento de 25% neste produto equivale a R$ 0,60”.
O presidente do Sindipetróleo, Aldo Locatelli, considera alto o aumento ao diesel. “Os valores em vigor são exagerados, como todos os praticados neste país, e não há como o revendedor suportar os preços sozinhos. Infelizmente, não conseguimos absorver o repasse – já feito pelas distribuidoras e impedir que ele chegue ao consumidor final”, lamenta.
Para o etanol e a gasolina o sindicato explica que a alta do derivado da cana-de-açúcar – motivada pela entressafra – puxou para cima o valor da gasolina, já que 25% do combustível é composto pelo álcool anidro.
Sem concorrência – Em meio às explicações, Locatelli aproveita para lamentar o fato de o segmento em atuação no Estado não poder comprar o produto de outros estados. “Seria uma forma de segurar os preços”. Ele explicar que se isso for feito o produto acaba recebendo bitributação sobre o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado pelo Estado”.
2010 – De acordo com o último levantamento de preços nos postos feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), durante o mês de dezembro os preços do etanol e da gasolina se mantiveram na bomba. O valor médio ao etanol no Estado na semana terminada no dia 1° deste mês é R$ 1,84 e da gasolina, R$ 2,78. Os preços representam no ranking nacional o quarto mais barato e o quinto mais caro, respectivamente.
Entre as distribuidoras houve alta de cerca de R$ 0,10 no período de quatro semanas, de 5 de dezembro de 2010 a 1º de janeiro de 2011. O preço médio passou de R$ 1,43 para R$ 1,52. No caso da gasolina o comportamento apurado pela ANP foi de queda, já que neste mesmo período o litro médio passou de R$ 2,38 para R$ 2,37.

O ano não começou bom para os mato-grossenses. O cuiabano, em especial, depois das altas dos estacionamentos dos shoppings Pantanal e Goiabeiras logo no primeiro dia ano, se depararam ontem com novos preços aos combustíveis nos postos revendedores. Na maioria das revendas a alta foi generalizada, do litro do etanol ao do óleo diesel. Em plena entressafra, o derivado da cana-de-açúcar se aproxima de R$ 2 o litro e, assim, vai colocando fim à competitividade sobre a gasolina. O último registro do litro acima deste valor foi em 2008.
Com o atual preço em cerca de R$ 1,97, o litro do etanol já corresponde a 68% do preço do litro da gasolina, valor esse também reajustado em cerca de R$ 0,10 na Capital. Para haver vantagem no consumo do etanol o valor dele deve representar até 70% do preço do derivado do petróleo, já que a queima nos motores a álcool é maior, ou seja, com álcool se roda menos quilômetros quando comparado ao desempenho obtido com a gasolina.
A alta média observada pelo Diário nas revendas localizadas nos principais corredores de Cuiabá foi de 5% ao etanol hidratado e de 3,5% para a gasolina. Até o final da tarde de ontem, muitos postos em Cuiabá e Várzea Grande ainda operavam com os preços inalterados. Alguns frentistas explicam que o ajuste de preços será feito na medida em que os estoques forem repostos no decorrer da semana, “já que a alta é apenas reflexo dos novos preços passados pelas distribuidoras”. Onde a majoração foi aplicada o preço de bomba do etanol passou de cerca de R$ 1,86/1,87 para R$ 1,97. A gasolina que podia ser encontrada entre R$ 2,77/2,78 foi para R$ 2,88. O óleo diesel, que se mantinha abaixo de R$ 2,20 o litro, já passava de R$ 2,25 ontem.
Repasses – O Sindicato dos Revendedores de Combustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo) explica que o movimento altista não é peculiaridade de Mato Grosso e vem sendo registrado em todo o Centro-Oeste. Em outros estados como o Paraná também viram os combustíveis mais caros neste início de 2011.
Como explica do sindicato patronal, o acréscimo do óleo diesel reflete a alta sobre o preço do biodiesel. “O preço desse produto, que é adicionado ao óleo diesel, subiu em torno de 25%. Ao final, o reajuste no óleo diesel – repassado pelas distribuidoras e que já chega ao consumidor final – alcança 1%. O percentual equivale a aproximadamente R$ 0,04 sobre o litro do diesel. Obtido após o leilão do biodiesel, o aumento de 25% neste produto equivale a R$ 0,60”.
O presidente do Sindipetróleo, Aldo Locatelli, considera alto o aumento ao diesel. “Os valores em vigor são exagerados, como todos os praticados neste país, e não há como o revendedor suportar os preços sozinhos. Infelizmente, não conseguimos absorver o repasse – já feito pelas distribuidoras e impedir que ele chegue ao consumidor final”, lamenta.
Para o etanol e a gasolina o sindicato explica que a alta do derivado da cana-de-açúcar – motivada pela entressafra – puxou para cima o valor da gasolina, já que 25% do combustível é composto pelo álcool anidro.
Sem concorrência – Em meio às explicações, Locatelli aproveita para lamentar o fato de o segmento em atuação no Estado não poder comprar o produto de outros estados. “Seria uma forma de segurar os preços”. Ele explicar que se isso for feito o produto acaba recebendo bitributação sobre o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado pelo Estado”.
2010 – De acordo com o último levantamento de preços nos postos feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), durante o mês de dezembro os preços do etanol e da gasolina se mantiveram na bomba. O valor médio ao etanol no Estado na semana terminada no dia 1° deste mês é R$ 1,84 e da gasolina, R$ 2,78. Os preços representam no ranking nacional o quarto mais barato e o quinto mais caro, respectivamente.
Entre as distribuidoras houve alta de cerca de R$ 0,10 no período de quatro semanas, de 5 de dezembro de 2010 a 1º de janeiro de 2011. O preço médio passou de R$ 1,43 para R$ 1,52. No caso da gasolina o comportamento apurado pela ANP foi de queda, já que neste mesmo período o litro médio passou de R$ 2,38 para R$ 2,37.

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