Antropoceno, a era geológica em que o homem “desregulou” a Terra

05/01/2011 10:17

Há 200 anos a Terra vive uma nova era geológica, o Antropoceno, que começou quando o homem tomou o controle do planeta, acelerou as emissões de C02 e “desregulou a máquina do mundo”, afirma o glaciólogo francês Claude Lorius, um dos pioneiros dos estudos sobre o clima, em seu novo livro “Voyage dans l’Anthropocène” (Viagem ao Antropoceno, em tradução livre).
Escrito em parceria com o jornalista Laurent Carpentier, a obra discorre sobre a modificação do clima, a acidificação dos oceanos, a erosão dos solos e a biodiversidade ameaçada. “O homem é um agente determinante da vida sobre a Terra”, explica o especialista de 78 anos que, em 2008, recebeu o prêmio Blue Planet por seu trabalho.
“Se existe um indicador da atividade humana, esse é o gás carbônico. Se queimamos uma floresta, fazemos uma fábrica funcionar, dirigimos um carro, tudo isso é CO2”, assinala Lorius.
O conceito de Antropoceno – uma nova época geológica do Quaternário, consecutiva ao Holoceno, que começou há 10 mil anos -, foi desenvolvido em 2002 pelo geoquímico holandês Paul Crutzen e desde então abriu um espaço na comunidade científica, indica Lorius.
Para Crutzen, o Antropoceno começa no ano 1784, quando James Watt inventou a máquina a vapor. O Antropoceno poderia ser acrescentado oficialmente à tabela dos tempos geológicos no 34o. Congresso Internacional de Geologia que será realizado de 5 a 10 de agosto de 2012 em Brisbane, Austrália, indica Lorius.
“Para nós, no entanto, esta nova era já é uma realidade”, acrescenta o especialista em geleira, que contribui desde os anos 50 para o estudo da evolução do clima mediante a análise das bolhas de ar presas no gelo há milênios.
Lorius foi um dos primeiros a vincular o aumento das temperaturas e a crescente concentração de CO2. “Tivemos uma sorte extraordinária. Acontece que a Antártica era o melhor lugar para se dar conta de que havia um problema global com o clima”, explica.
Mais de 50 anos depois, o cientista admite, no entanto, que se sente pessimista quanto ao modo que a humanidade está se organizando. “Os cientistas podem demonstrar que o planeta é uno e indivisível, que só há uma atmosfera, um oceano, mas não podem demonstrar aos homens que é de interesse comum preservar o planeta”, assinala.

Há 200 anos a Terra vive uma nova era geológica, o Antropoceno, que começou quando o homem tomou o controle do planeta, acelerou as emissões de C02 e “desregulou a máquina do mundo”, afirma o glaciólogo francês Claude Lorius, um dos pioneiros dos estudos sobre o clima, em seu novo livro “Voyage dans l’Anthropocène” (Viagem ao Antropoceno, em tradução livre).Escrito em parceria com o jornalista Laurent Carpentier, a obra discorre sobre a modificação do clima, a acidificação dos oceanos, a erosão dos solos e a biodiversidade ameaçada. “O homem é um agente determinante da vida sobre a Terra”, explica o especialista de 78 anos que, em 2008, recebeu o prêmio Blue Planet por seu trabalho.”Se existe um indicador da atividade humana, esse é o gás carbônico. Se queimamos uma floresta, fazemos uma fábrica funcionar, dirigimos um carro, tudo isso é CO2″, assinala Lorius.O conceito de Antropoceno – uma nova época geológica do Quaternário, consecutiva ao Holoceno, que começou há 10 mil anos -, foi desenvolvido em 2002 pelo geoquímico holandês Paul Crutzen e desde então abriu um espaço na comunidade científica, indica Lorius.Para Crutzen, o Antropoceno começa no ano 1784, quando James Watt inventou a máquina a vapor. O Antropoceno poderia ser acrescentado oficialmente à tabela dos tempos geológicos no 34o. Congresso Internacional de Geologia que será realizado de 5 a 10 de agosto de 2012 em Brisbane, Austrália, indica Lorius.”Para nós, no entanto, esta nova era já é uma realidade”, acrescenta o especialista em geleira, que contribui desde os anos 50 para o estudo da evolução do clima mediante a análise das bolhas de ar presas no gelo há milênios.Lorius foi um dos primeiros a vincular o aumento das temperaturas e a crescente concentração de CO2. “Tivemos uma sorte extraordinária. Acontece que a Antártica era o melhor lugar para se dar conta de que havia um problema global com o clima”, explica.Mais de 50 anos depois, o cientista admite, no entanto, que se sente pessimista quanto ao modo que a humanidade está se organizando. “Os cientistas podem demonstrar que o planeta é uno e indivisível, que só há uma atmosfera, um oceano, mas não podem demonstrar aos homens que é de interesse comum preservar o planeta”, assinala.

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