MAPA discute exportação de carnes com a Rússia

20/01/2011 16:57

Representam o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, em reuniões durante a Feira Internacional Anual para Agricultura – Semana Verde 2011. Na agenda, reuniões com o governo russo e debates sobre comércio global e segurança alimentar.

Para ontem (19) estava previsto encontro de Jardim com o chefe do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia, Serguei Dankvert. Em pauta a discussão de temas de interesse bilateral e uma agenda técnica entre os serviços veterinários dos dois países. O objetivo é concluir as negociações de certificados sanitários de setores como carnes, material genético, bovinos vivos e lácteos.

“Trata-se de ajustes necessários para garantir a continuidade do comércio entre Rússia e Brasil”, explica o secretário de Defesa Agropecuária. Desde julho do ano passado, o país passou a integrar uma União Aduaneira composta por Bielorrússia, Cazaquistão e Rússia. O novo bloco econômico requisitou algumas adequações no certificado sanitário internacional, obrigatório para efetivar os embarques de produtos brasileiros.

À tarde, Francisco Jardim participaria de reunião organizada pelo Serviço Veterinário russo. Previa-se a presença de representantes de associações estrangeiras e brasileiras fornecedoras de produtos de origem animal para a Federação Russa. Entre os assuntos em pauta estavam os resultados das inspeções realizadas pelos russos, em 2010, nos estabelecimentos fabricantes de produtos de origem animal.

A Rússia é o principal mercado de destino das exportações brasileiras de carnes e açúcar. O total das vendas de produtos agrícolas para aquele mercado em 2010 foi de US$ 4,06 bilhões e o de 2009, de US$ 2,78 bilhões. O resultado representa crescimento de 45,9%.

O governo russo anunciou, no mês passado, os volumes de carnes a serem importados ao longo de 2011. A principal alteração foi a eliminação da cota de frango, com base na distribuição geográfica. Em 2010, das 780 mil toneladas disponíveis para importação, o Brasil teve acesso a apenas 35,7 mil toneladas dentro da categoria “outros países”, enquanto o restante foi direcionado à União Europeia e aos Estados Unidos. Neste ano, o Brasil terá maior possibilidade de acesso a esse mercado, com 350 mil toneladas disponíveis a todos os exportadores do produto.

A distribuição geográfica para a quantidade máxima a ser importada de carnes bovina e suína permanece. Para a bovina congelada, das 530 mil toneladas anunciadas, 60 mil são para os europeus e 41,7 mil toneladas para os norte-americanos. Na categoria “outros”, o Brasil poderá ter acesso a 428,3 mil toneladas. No caso da carne suína (fresca, congelada ou refrigerada), o produto nacional compete com outras nações por 189,6 mil toneladas, enquanto que a UE tem garantidas 225 mil toneladas e os EUA, 57,5 mil.

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