Papa faz alerta sobre risco de alienação das redes sociais

25/01/2011 09:36

O Papa Bento 16 expressou aprovação condicional às redes sociais na segunda-feira(24/01), elogiando seu potencial mas alertando que amizades online não servem como substituto para contato humano real.

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O pontífice de 83 anos, que não tem conta no Facebook, expressou suas opiniões em uma mensagem com um título sério, que poderia funcionar como um tweet: “Verdade, proclamação e autenticidade da vida na era digital.”

Ele afirmou que as possibilidades das novas mídias e redes sociais oferecem “uma grande oportunidade”, mas alertou sobre os riscos de despersonalização, alienação, falta de autocrítica e sobre o perigo de ter mais amigos virtuais que reais.

“É importante lembrar sempre que o contato virtual não pode e não deve substituir o contato humano real com as pessoas, em todos os níveis de nossas vidas”, disse o Papa em mensagem no Dia Mundial da Comunicação da Igreja Católica.
Ele pediu aos usuários de redes sociais para se perguntarem quem são seus vizinhos nesse novo mundo e para que evitem o risco de disponibilidade permanente online acompanhada de “menor presença diante daqueles a quem encontramos em nossa vida cotidiana”.

Os vastos horizontes das novas mídias “exigem urgentemente uma séria reflexão sobre a importância da comunicação na era digital”, disse.

O papa não mencionou qualquer site ou aplicativo social específico, mas ao longo da mensagem usou frequentemente termos como “compartilhar”, “amigos” e “perfis”.

Disse também que as redes sociais podem ajudar “o diálogo, o intercâmbio, a solidariedade e a criação de possíveis relacionamentos”, mas acrescentou diversos alertas.

“Entrar no ciberespaço pode ser sinal de uma busca autêntica de encontros pessoais com os outros, desde que as pessoas fiquem atentas e evitem perigos como o de se encerrarem em uma espécie de existência paralela, ou de o exposição excessiva ao mundo virtual”, disse.

“Na busca de compartilhamento, de ‘amigos’, há o desafio de ser autêntico e fiel, e de não ceder à ilusão de construir um perfil público artificial”, afirmou.

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