Criança sofre abuso em policlínica

26/01/2011 09:01

O técnico em enfermagem Renan Romell Tapajós e Silva, 27, filho de um sargento da Polícia Militar, foi preso em flagrante acusado de estupro de vulnerável contra uma menina de 11 anos. O fato ocorreu na Policlínica do Coxipó, onde Renan trabalhava há cerca de 3 meses. Ele teria feito carícias nas partes íntimas da vítima e tirado fotos com o celular.

A garota foi levada pela avó para consultar porque estava com febre e dor de cabeça. Após sair da sala da médica com orientação para tomar injeção intravenosa (pela veia), ela teria sido levada pelo acusado até outra sala. A avó alega que foi proibida de entrar, o que é garantido por lei.

Ao deixar a sala, a menina teria tomado soro e, somente após sair, contou o ocorrido para a avó. A mesma versão foi relatada em depoimento à Polícia. A menor disse que, ao entrar na sala o técnico pediu para que ela tirasse o short e a calcinha e ficasse só de blusa. “Ele disse para eu subir na caminha (maca) e ficar de quatro. Depois falou para eu fechar os olhos e não olhar”.

A menina revelou estranhar o que teria ocorrido, já que nunca passou por uma situação como esta, então olhou e viu que o acusado tirava fotos com o celular. Depois teria passado a mão nas nádegas e na vagina da mesma. “Ele não falou nada. Só passou a mão e vi ele tirando a foto”. A garotinha ficou no local com o técnico por cerca de 5 minutos.

Depois de ouvir o relato da neta, Rosângela Maria de Barros, 47, acionou a Polícia Militar. Renan foi preso dentro da unidade de saúde. Segundo policiais que efetuaram a prisão, ele teria negado entregar o celular com o qual teria tirado as fotos. Em certo momento, ainda teria tirado o chip e jogado debaixo de um balcão. Atitude que aumentou ainda mais as suspeitas.

Colegas de trabalho disseram passar por uma situação constrangedora, já que o técnico foi algemado dentro da unidade, diante de outros profissionais e de pacientes, o que, na opinião deles, não era necessário.

A coordenadora da Policlínica do Coxipó, Luzenir Alves de Souza, conta que Renan começou a trabalhar na unidade em outubro passado e nunca levantou suspeitas. Já tinha em seu currículo passagens por outros hospitais particulares.

Segundo ela, o fato ocorreu por volta das 11h45, quando metade da equipe sai para o horário de almoço. Mesmo assim, ela diz que o local onde a menina ficou com o acusado é movimentado, pois profissionais entram e saem a todo momento.

O caso será informado à assessoria jurídica da Prefeitura para tomar as devidas providências.

A reportagem não conseguiu contato com a advogada do acusado. A subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) revelou não ter contato telefônico e nem endereço da mesma.

Tags: