Biocombustível une Brasil e Argentina

01/02/2011 09:38

Urquiza não quis entrar em detalhes sobre o conteúdo do texto do acordo, mas ressaltou que o Brasil é uma potência na produção de etanol, enquanto a Argentina é um dos líderes mundiais em biodiesel. A ideia possível é partilhar tecnologias para aumentar a produção e, juntos, vender biocombustíveis a outros países.
Para o especialista argentino no setor Claudio Molina, diretor-executivo da Associação Argentina de Biocombustíveis e Hidrogênio, um acordo estratégico entre Brasil e Argentina deveria incorporar transferência de tecnologia entre a brasileira Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa ) e as argentinas Inta, Inti e Cenpes.
Segundo ele, os dois sócios também precisam “harmonizar as normas de qualidade e os contratos de comércio exterior, além de estabelecer uma coordenação de negociações internacionais, como as vinculadas às alíquotas frente à possível criação de barreira não tarifária”.
Molina sugeriu que o acordo de cooperação tenha apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o desenvolvimento de projetos na Argentina, e a criação de alguma companhia binacional para pesquisa e desenvolvimento.
De acordo com informações do Ministério do Planejamento da Argentina, Cristina e Dilma vão assinar outros acordos destinados a ampliar projetos conjuntos já existentes nas áreas de energia elétrica e nuclear, desenvolvimento social, tecnologia digital e investimentos no setor de minérios.
Os dois governos querem avançar no projeto de construção do complexo hidrelétrico de Garabi, localizado entre a província argent ina de Corrientes e o estado do Rio Grande do Sul. As estimativas oficiais indicam que Garabi vai gerar 2.900 megawatts e deve começar a ser construída em 2012.
Após a assinatura dos documentos, as duas presidentes vão conceder uma entrevista coletiva à imprensa. Logo depois, Cristina oferecerá um almoço para Dilma. Esta será a primeira viagem da presidente brasileira ao exterior desde que tomou posse e consolida o estilo da política externa iniciado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, baseado na valorização das relações regionais e da América do Sul.
Em fevereiro, Dilma vai visitar o Peru e, em março, o Paraguai e o Uruguai.
ENERGIA NUCLEAR. Brasil e Argentina vão assinar no próximo dia 31 um acordo para construção de um reator nuclear multipropósito. Como o nome sugere, o reator pode ser usado para várias finalidades, também para a área médica, informou na sextafeira o Itamaraty.
Segundo Antônio Simões, subsecretário-geral do Departamento da A mérica do Sul, Central e Caribe do Itamaraty, as comissões nucleares dos dois países vão desenvolver tecnologias com o objetivo de construir dois reatores multipropósito.
“Queremos aproveitar a experiência da Argentina, que já vendeu reatores de pesquisa para o Peru e para a Austrália. A ideia é de, sobretudo, fazer com que toda essa parte da indústria nuclear dos dois países possa trabalhar em conjunto”, afirmou.
Simões não disse quais os valores que estão envolvidos no acordo porque ele ainda será assinado, mas confirmou que o objetivo é que o projeto comece a receber investimentos ainda neste ano.
Dilma e Cristina também assinarão um convênio entre a Caixa Econômica Federal e o Ministério do Planejamento da Argentina para a experiência do programa Minha Casa, Minha Vida possa ser usada pelo governo argentino.
Segundo Simões, a Caixa não investirá recursos na contratação de moradias em solo argentino. Apenas transferirá conhecimento.
Para o embai xador, a visita de Dilma representa um novo momento da relação entre Brasil e Argentina. “Chegamos a uma terceira fase (da relação) que é a integração das sociedades, abrindo outros horizontes. Devemos trabalhar questões sociais, aprimorar as questões fronteiriças”, afirmou.

Urquiza não quis entrar em detalhes sobre o conteúdo do texto do acordo, mas ressaltou que o Brasil é uma potência na produção de etanol, enquanto a Argentina é um dos líderes mundiais em biodiesel. A ideia possível é partilhar tecnologias para aumentar a produção e, juntos, vender biocombustíveis a outros países.
Para o especialista argentino no setor Claudio Molina, diretor-executivo da Associação Argentina de Biocombustíveis e Hidrogênio, um acordo estratégico entre Brasil e Argentina deveria incorporar transferência de tecnologia entre a brasileira Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa ) e as argentinas Inta, Inti e Cenpes.
Segundo ele, os dois sócios também precisam “harmonizar as normas de qualidade e os contratos de comércio exterior, além de estabelecer uma coordenação de negociações internacionais, como as vinculadas às alíquotas frente à possível criação de barreira não tarifária”.
Molina sugeriu que o acordo de cooperação tenha apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o desenvolvimento de projetos na Argentina, e a criação de alguma companhia binacional para pesquisa e desenvolvimento.
De acordo com informações do Ministério do Planejamento da Argentina, Cristina e Dilma vão assinar outros acordos destinados a ampliar projetos conjuntos já existentes nas áreas de energia elétrica e nuclear, desenvolvimento social, tecnologia digital e investimentos no setor de minérios.
Os dois governos querem avançar no projeto de construção do complexo hidrelétrico de Garabi, localizado entre a província argent ina de Corrientes e o estado do Rio Grande do Sul. As estimativas oficiais indicam que Garabi vai gerar 2.900 megawatts e deve começar a ser construída em 2012.
Após a assinatura dos documentos, as duas presidentes vão conceder uma entrevista coletiva à imprensa. Logo depois, Cristina oferecerá um almoço para Dilma. Esta será a primeira viagem da presidente brasileira ao exterior desde que tomou posse e consolida o estilo da política externa iniciado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, baseado na valorização das relações regionais e da América do Sul.
Em fevereiro, Dilma vai visitar o Peru e, em março, o Paraguai e o Uruguai.
ENERGIA NUCLEAR. Brasil e Argentina vão assinar no próximo dia 31 um acordo para construção de um reator nuclear multipropósito. Como o nome sugere, o reator pode ser usado para várias finalidades, também para a área médica, informou na sextafeira o Itamaraty.
Segundo Antônio Simões, subsecretário-geral do Departamento da A mérica do Sul, Central e Caribe do Itamaraty, as comissões nucleares dos dois países vão desenvolver tecnologias com o objetivo de construir dois reatores multipropósito.
“Queremos aproveitar a experiência da Argentina, que já vendeu reatores de pesquisa para o Peru e para a Austrália. A ideia é de, sobretudo, fazer com que toda essa parte da indústria nuclear dos dois países possa trabalhar em conjunto”, afirmou.
Simões não disse quais os valores que estão envolvidos no acordo porque ele ainda será assinado, mas confirmou que o objetivo é que o projeto comece a receber investimentos ainda neste ano.
Dilma e Cristina também assinarão um convênio entre a Caixa Econômica Federal e o Ministério do Planejamento da Argentina para a experiência do programa Minha Casa, Minha Vida possa ser usada pelo governo argentino.
Segundo Simões, a Caixa não investirá recursos na contratação de moradias em solo argentino. Apenas transferirá conhecimento.
Para o embai xador, a visita de Dilma representa um novo momento da relação entre Brasil e Argentina. “Chegamos a uma terceira fase (da relação) que é a integração das sociedades, abrindo outros horizontes. Devemos trabalhar questões sociais, aprimorar as questões fronteiriças”, afirmou.

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