Correios podem entrar como sócio estratégico no trem bala, diz ANTT

09/02/2011 20:13

O diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT), Bernardo Figueiredo, defende a participação dos Correios como sócio estratégico no trem bala que interligará as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. De acordo com a proposta do diretor, a estatal poderia ter a garantia de entrar no grupo de empresas que receberá a concessão, ou seja, após a realização do leilão. “O que a gente acha conveniente é que ele (os Correios) entre como investidor estratégico, com quem ganhar para não favorecer um grupo em detrimento do outro”, afirmou o diretor da ANTT. Ele informou que quinta-feira (10) será realizada uma reunião na sede dos Correios para ouvir as propostas dos executivos da estatal. O diretor da agência garantiu que a data de realização do leilão está mantida, pois não haverá necessidade de mudar o edital para viabilizar a participação da estatal. “Os Correios podem entrar como qualquer empresa, pública ou privada. Isso não tem problema. Agora, a gente vai conversar para ver como é que os Correios estão vendo este negócio”, disse Figueiredo ao sair de reunião na sede do Ministério dos Transportes. Ele explicou que a exploração do serviço de transporte de encomendas já está prevista como uma das receitas extras da concessionária. Já a possibilidade de haver exclusividade sobre a exploração nesta modalidade de serviço dependeria de negociação com os grupos. Figueiredo afirmou que, enquanto o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) trabalha nos últimos ajustes da modelagem financeira, o governo permanece animado com o interesse dos grupos internacionais. Ele ressaltou que até os investidores nacionais, em especial as grandes empreiteiras, que haviam reivindicado no ano passado o adiamento do leilão, estão entusiasmadas para a disputa. A manifestação de interesse dos Correios, segundo o diretor, serve de estímulo para os consórcios internacionais que estudam o projeto. “Isso é importante porque é uma sinalização. Cada sócio que entra é um sinal de que tem alguém que acredita, é menos capital que tem que correr atrás e é mais um reforço”, afirmou.

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