Para 28,5% dos brasileiros SUS é ruim ou muito ruim, diz Ipea

09/02/2011 16:04

Pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgada nesta quarta-feira sobre o SUS (Sistema Único de Saúde), mostra que 28,5% dos brasileiros avaliam os serviços públicos de saúde como ruins ou muito ruins. Proporção semelhante –28,9%– avalia o serviço entre bom e muito bom. O estudo ouviu 2.773 pessoas no período de 3 a 19 de novembro de 2010.

As avaliações mais críticas em relação ao SUS vêm justamente de quem não costuma usar os serviços. Entre os que usaram o SUS no último ano, 30,4% avaliam o serviço positivamente. Entre os que não usaram o serviço, 19,2% o consideram bom ou muito bom.

Os serviços do SUS com a pior avaliação na pesquisa foram o atendimento em centros e postos de saúde e o atendimento de emergência.

Já o serviço de saúde da família teve a melhor avaliação –80,7% dos entrevistados que foram visitados por membro da Equipe de Saúde da Família opinaram que o atendimento prestado é muito bom ou bom. A distribuição gratuita de remédios também teve avaliação positiva, com 69,6% de bom ou muito bom.

MELHORIAS

Aumentar o número de médicos e reduzir o tempo de espera para atendimento são as principais melhorias sugeridas por brasileiros para o SUS, de acordo com a pesquisa.

Sobre o atendimento em centros e postos de saúde, quase a metade dos entrevistados (46,9%) sugeriu que o número de médicos fosse aumentado. No atendimento por médicos especialistas, 37,3% dos entrevistados fizeram a mesma sugestão. O percentual é semelhante ao de pessoas que cobraram o mesmo em serviços de urgência e emergência (33%).

As melhorias seguintes sugeridas pelos entrevistados incluem a redução do tempo de espera para atendimento em centros e postos de saúde e também a redução do tempo de espera entre a marcação da consulta e a visita ao médico.

A mesma pesquisa indica que a razão para se ter um plano de saúde, para os brasileiros, é a maior rapidez no atendimento privado. Em segundo vem o fato de o benefício ser oferecido pelas empresas em que trabalham e depois vem a maior liberdade na escolha do médico.

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