Ao lado de Silval, secretário tenta obter recursos extras para Cidades

11/02/2011 16:58

O secretário de Estado das Cidades, Nico Baracat, esteve esta semana em Brasília. Baracat acompanhou o governador Silval Barbosa, que cumpriu agenda de dois dias, visitando ministérios e autarquias em busca de recursos para obras e serviço em Mato Grosso. No dia seguinte o secretário cumpriu sua própria agenda, como visitas às principais lideranças do PMDB, inclusive o vice-presidente da República, Michel Temer.

Baracat veio pedir apoio às lideranças peemedebistas para conseguir recursos para sua pasta, criada no início do governo Silval e, portanto, sem orçamento, que foi aprovado no ano anterior para o exercício atual. A Cidades está sobrevivendo de recursos remanejados de outras pastas, especialmente do Planejamento e da Infraestrutura, das quais assumiu algumas atribuições. Mas esses recursos são suficientes apenas para o custeio e atividades meio.

Sem dinheiro para tocar as atividades, sobretudo os projetos que o governo Silval Barbosa pretende levar adiante, entre eles a construção de 60 mil moradias nos 141 municípios, Nico Baracat resolveu sair em busca de apoio político para liberação de verbas e para convênios. Primeiro visitou o deputado Carlos Bezerra, que saiu com ele a tiracolo por Brasília. Além de Temer, o secretário foi recebido pelo líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN).

Baracat expressou aos peemedebistas visitados a preocupação com o partido assumir uma pasta da relevância da Cidades e não dispor de recursos para tocá-la. Sobretudo num momento em que o governo federal anuncia um corte de R$ 50 bilhões no orçamento. Os anfitriões prometeram ajudar. No pacote de apoio inclui esforços para liberação de emendas parlamentares e o estabelecimento de convênios que possam cacifar a nova pasta.

Na próxima semana, Baracat volta a Brasília. Desta vez ele manterá audiência com o ministro das Cidades. Vem reforçar e promover os encaminhamentos já definidos pelo governador Silval Barbosa, que manteve audiência com Mario Negromonte. O ministro havia prometido, na quarta-feira última, liberar recursos do PAC 2, para 44 mil moradias e para a para implantação do sistema de transporte urbano BRT (Bus Rapid Transit) em Cuiabá e Várzea Grande.

Nesse pacote de reivindicações estava, no entanto, a cereja do bolo: o gerenciamento do Programa de Aceleração do Crescimento na região metropolitana da Capital pelo governo estadual, via secretaria das Cidades. Hoje quem gerencia o PAC em Cuiabá e Várzea Grande são suas respectivas prefeituras. Sob a alegação de que o Estado é que está cuidando das obras referentes à Copa do Mundo de 2014, o governo ele próprio tocar as obras e evitar possíveis atrasos, como ocorreu no PAC 1.

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