Fla bate o Botafogo nos pênaltis e está na final da Taça Guanabara

20/02/2011 19:54

Foi um clássico com todos os ingredientes que os torcedores gostam: emoção, nervosismo, gols, heróis e vilões. Depois em um empate em 1 a 1 no tempo normal, o Flamengo venceu o Botafogo por 3 a 1 na cobranças de pênaltis, neste domingo, no Engenhão, e se classificou para a final da Taça Guanabara. O adversário será a surpresa Boavista, que eliminou o Fluminense na outra semifinal.

Léo Moura, Renato e Fernando marcaram nas penalidades. No Bota, só Márcio Rosário fez o gol. Everton, Renato Cajá e Somália perderam. O goleiro Felipe saiu como herói rubro-negro. Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho nem precisaram cobrar.

A decisão contra o Boavista será disputada no próximo domingo, às 16h (de Brasília), no Engenhão.

Ronaldo Angelim coloca o Flamengo em vantagem

 Como todo clássico bem disputado, o jogo começou cheio de nervosismo e jogadas ríspidas. Logo no início, Willians e Herrera se desentenderam, levaram o amarelo e deram uma amostra da batalha que os times travariam em campo. Se sobrava disposição, faltavam boas tramas de ataque. A aposta das equipes era levantar bolas na área. O Botafogo chegou a assustar na cabeçada de Márcio Rosário após escanteio cobrado por Alessandro, mas foi o Flamengo que mostrou eficiência. Aos 14 minutos, Thiago Neves, também em uma batida de escanteio, colocou na medida para Ronaldo Angelim, que subiu mais do que os zagueiros e mandou no cantinho direito de Jefferson: 1 a 0.

Ainda sob o efeito do gol, o Alvinegro viu o Fla criar outra boa chance com Thiago Neves. O camisa 7 chutou forte da entrada da área e Jefferson defendeu. O Glorioso só voltou a dar o ar de sua graça aos 29 minutos. Dentro da área, Loco Abreu ajeitou de cabeça para Márcio Azevedo, que emendou uma linda bicicleta. A bola foi na direção do gol, mas Felipe fez a defesa.

Com muita movimentação dos seus homens de frente, o Flamengo jogava melhor que o Botafogo, que tinha dificuldade para impedir os avanços do adversário. Antes do fim da primeira etapa, o Rubro-Negro ainda criou duas boas oportunidades de ampliar. Primeiro, Deivid serviu Léo Moura dentro da área e o lateral emendou uma bomba. A bola, entretanto, subiu demais. Depois, aos 42 minutos, um dos lances mais bonitos do jogo. Ronaldinho lançou Fernando em profundidade, o volante impediu que a bola fosse pela linha de fundo e cruzou para Thiago Neves. O meia mandou de cabeça, e Jefferson voou para fazer uma defesa espetacular. O goleiro mereceu até os cumprimentos do camisa 10 do Fla.

Bota retorna melhor e empata com Loco Abreu

 Na volta do vestiário, Joel Santana resolveu fazer uma mudança para deixar o time mais forte na parte ofensiva: tirou Márcio Azevedo e colocou o ex-flamenguista Everton. A alteração surtiu efeito rapidamente. Logo nos primeiros minutos, o Botafogo fez pressão em cima do adversário. Herrera ajeitou para Loco Abreu, que chutou no cantinho e Felipe teve que se esticar todo para defender. Era um ensaio. Aos três minutos, Alessandro rolou para o uruguaio, que, em condição legal, dentro da área, chutou de perna direita para empatar para o Glorioso: 1 a 1.

O atacante infernizava a vida dos defensores rubro-negros. Após cruzamento da esquerda feito por Everton, Loco Abreu deu uma ótima cabeçada e Felipe fez ótima defesa. Vendo o crescimento do Bota, Luxemburgo também resolveu mexer. Colocou Negueba no lugar de Deivid, e o Flamengo melhorou. Logo de cara, o jovem atacante fez duas grandes jogadas pela direita em cima de Arévalo e levou perigo para o gol de Jefferson. O suficiente para acordar novamente a torcida rubro-negra.

Ronaldinho Gaúcho também despertou. Após bola levantada na área, o camisa 10 de livrou de Somália só no domínio e chutou de perna direita. Jefferson se esticou todo e desviou a bola, que entraria no cantinho. Do lado alvinegro, que chegou perto foi Everton, que, aos 31 minutos, chutou cruzado da entrada da área e a bola passou rente à trave esquerda de Felipe.

Já perto do fim da partida, os botafoguenses reclamaram de um pênalti que teria sido cometido por Renato ao colocar a mão na bola dentro da área. O árbitro entendeu que o jogador do Fla não teve a intenção. Os times tentaram a classificação no tempo normal até o fim, mas a decisão de quem ia para decisão foi mesmo para os pênaltis.

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