Ex-senadora participa de reuniões em Brasília enquanto PT discute expulsão

21/02/2011 16:40

A ex-senadora Serys Marly (PT) diz que não vai participar da reunião da executiva estadual nesta segunda (21) para analisar o pedido de expulsão dela da legenda. “Deixo nas mãos dos membros da executiva. Não vou falar nada porque isso é um absurdo terem feito um pedido desses cinco meses depois das eleições”, avalia. A reunião está marcada para as 17h, na sede da legenda, em Cuiabá.

   Primeira suplente do PT na Câmara Federal, Serys avisa que está no Rio de Janeiro, onde participou pela manhã de uma audiência com o prefeito Eduardo Paes sobre mudanças climática. Eles conversaram sobre a nova proposta de uma organização internacional, a Globe, para a redução dos danos causados ao meio ambiente no Brasil.

   A ex-senadora participa durante à tarde de audiências no Ministério das Relações Exteriores e da Casa Civil, quando vai discutir a mesma proposta. Serys garante que conta com o aval da executiva nacional e diz que não entende o que levou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Estado, Júlio César Viana, e a integrante da executiva do partido em Cuiabá, Maria Luiza Zanirato a ingressarem com a representação que pede a expulsão dela do PT. “Três meses após as eleições, o partido indicou o meu nome para ser a relatora do orçamento geral da União. Se houvesse algo contra a minha conduta, não teriam me indicado”, avalia Serys.

    Numa referência ao grupo do ex-presidente da legenda em Mato Grosso, Carlos Abicalil, ex-deputado federal que não conseguiu a eleição ao Senado, Serys alerta para a possibilidade da falta de união prejudicar mais o partido nas próximas eleições. “Esse grupo tem que parar de sangrar o partido. Agora querem tirar a última gota de sangue”, aponta.

   O PT perdeu a cadeira no Senado e não conseguiu eleger Serys a deputado federal nas últimas eleições. Na bancada federal, o partido conta apenas com Saguás Moraes, que sucedeu Abicalil no comando da legenda no Estado. Nas eleições de 2008, o partido perdeu duas cadeiras na Câmara de Cuiabá. Só conseguiu reeleger o vereador Lúdio Cabral.

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