Riva vai para PSD e levará maioria do PP; Júlio se juntará a nova sigla

05/04/2011 10:41

O presidente da Assembleia, deputado José Riva, está praticamente com um pé no Partido Social Democrático (PSD), que está sendo fundado pelo prefeito de São Paulo, o ex-democrata Gilberto Kassab. Ele deve levar junto quase todas as lideranças do Partido Progressista, pelo qual foi reeleito no ano passado para o quarto mandato. Embora não admita publicamente, o cacique político quer se distanciar de outro cacique do PP, o deputado federal licenciado Pedro Henry. Riva pretende também, no PSD, se tornar espécie de terceira via política, assim como Kassab em São Paulo.

   A tendência é que o grupo se junte com o deputado fedetal Júlio Campos, também disposto a deixar o DEM (ex-PFL) para construir projeto na nova legenda. Júlio já teria combinado com o irmão, senador Jayme Campos, para este seguir no DEM. A estratégia dos irmãos é ter um na base e outro na oposição ao governo Dilma Rousseff (PT). Assim, na hora de bater a porta do Palácio do Planalto, Júlio cuidaria das ações e daria suporte para o irmão, que pertence à oposição.

  Sob Riva, que começou no PMN ainda quando era prefeito de Juara, depois migrou para o PTB, PSDB e está hoje no PP, o PSD deve passar por uma fase de crescimento em Mato Grosso, com expectativa de chegar a outubro deste ano já superior a muitas legendas fundadas há vários anos. Tende a se tornar forte para concorrer a várias prefeituras. Já assumiram compromisso de acompanhar Riva os seus colegas deputados Airton Rondina, o Português, o licenciado e secretário estadual de Esporte e Lazer Antonio Azambuja, Luizinho Magalhães, o ex-deputado Maksuês Leite, o empresário Leandro Soares, filho do conselheiro do TCE Alencar Soares, e os federais Eliene Lima e Nery Geller.

   O bloco avalia questões paroquiais para fazer composições visando o pleito do próximo ano. Em Pontes e Lacerda, por exemplo, Azambuja “pularia” para o PSD como forma de romper politicamente com o prefeito Newton Miotto, que está no PP e é ligado a Henry. Assim, Azambuja pretende concorrer à prefeitura em oposição ao grupo do prefeito.

    Dos 5 da bancada do PP na Assembleia, só não acompanhariam Riva o ex-prefeito de Reserva do Cabaça Ezequiel da Fonseca, um dos aliados de Pedro Henry, e Walter Rabello, que está temeroso em mudar de agremiação e ter o mandato cassado novamente, assim como aconteceu quando trocou o PMDB pela legenda progressista. Essa hipótese, porém, é descartada porque quem aderir ao PSD não estaria cometendo infidelidade partidária, pois trata-se de um partido que está sendo fundado agora.

fonte: Rd News

Tags:
Política