Artigo: A Lei da Copa

01/05/2011 10:13

Enquanto muita gente está de olho nos imbróglios que envolvem (ou ameaçam) a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, o governo finaliza a Lei Geral da Copa para que seja avaliada no Congresso Nacional ainda na primeira quinzena de maio. São 42 regras relacionadas ao campeonato esportivo e vão desde mudanças temporárias na concessão de visto para estrangeiros à distribuição de imagens para emissoras de TV. O ministro dos Esportes, Orlando Silva, disse que a lei deverá entrar em vigor até o dia 30 de julho, data do sorteio dos grupos de seleções para os jogos das eliminatórias.
A lei prevê, entre os pontos mais importantes, concessão gratuita e facilitada de visto para turistas que vierem ao Brasil para os jogos esportivos, mas também engloba medidas para coibir a venda ilegal de ingressos. São medidas importantes para organizar um evento já tão cercado por indefinições e polêmicas. O próprio secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jêróme Valcke, que se encontrou com o ministro e o presidente do Comitê Organizador Local, Ricardo Teixeira, para dar os últimos retoques na lei, se mostrou preocupado com o que já se pode chamar de “calcanhar-de-aquiles” da Copa do Mundo de 2014, os aeroportos brasileiros.
O levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) prevendo que, dos 14 terminais em obras de construção ou reforma, 9 não ficarão prontos a tempo para o Mundial, anda tirando o sono de muita gente. O ministro tratou de desanuviar as preocupações de Valcke anunciando a criação de um ministério específico para cuidar dos aeroportos com a aceleração de licitações, a mudança na direção da Infraero e o projeto de lei que flexibiliza as obras para a o evento esportivo, além da concessão de parte da operação para o setor privado. Mesmo assim, ainda são apenas palavras.
De concreto mesmo só os estádios, cujo andamento das obras pode ser acompanhado pela internet no Portal 2014. Das 12 obras, apenas a de São Paulo e a de Mato Grosso contém ressalvas. A primeira, Arena Corinthians, recebeu cartão vermelho porque, apesar de o projeto ter sido oficializado, obras ainda não começaram. Já a Arena Pantanal recebeu cartão amarelo por conta do atraso de 7 meses nas obras, segundo o site. E ainda por cima cogita-se a alteração do modelo da cobertura para recuperar o tempo. Mas mesmo quem tem cartão verde sempre é possível sofrer um revés. Em Pernambuco o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado apontaram irregularidades no contrato de parceria público-privada (PPP), o que deve significar suspensão das obras até que o fato seja apurado. Se depender da falta de agilidade da Justiça brasileira, já se pode prever um atraso iminente.
A realização da Copa do Mundo no Brasil tem sido um trabalho hercúleo que pede seriedade e dedicação por parte daqueles responsáveis por tocar as obras. Mas também pede o comprometimento da população em apoiar incondicionalmente um evento de grandiosas proporções, cujo sucesso depende de uma série de fatores que vão além dos investimentos em dinheiro.
Fonte: Gazeta

Enquanto muita gente está de olho nos imbróglios que envolvem (ou ameaçam) a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, o governo finaliza a Lei Geral da Copa para que seja avaliada no Congresso Nacional ainda na primeira quinzena de maio. São 42 regras relacionadas ao campeonato esportivo e vão desde mudanças temporárias na concessão de visto para estrangeiros à distribuição de imagens para emissoras de TV. O ministro dos Esportes, Orlando Silva, disse que a lei deverá entrar em vigor até o dia 30 de julho, data do sorteio dos grupos de seleções para os jogos das eliminatórias.
A lei prevê, entre os pontos mais importantes, concessão gratuita e facilitada de visto para turistas que vierem ao Brasil para os jogos esportivos, mas também engloba medidas para coibir a venda ilegal de ingressos. São medidas importantes para organizar um evento já tão cercado por indefinições e polêmicas. O próprio secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jêróme Valcke, que se encontrou com o ministro e o presidente do Comitê Organizador Local, Ricardo Teixeira, para dar os últimos retoques na lei, se mostrou preocupado com o que já se pode chamar de “calcanhar-de-aquiles” da Copa do Mundo de 2014, os aeroportos brasileiros.
O levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) prevendo que, dos 14 terminais em obras de construção ou reforma, 9 não ficarão prontos a tempo para o Mundial, anda tirando o sono de muita gente. O ministro tratou de desanuviar as preocupações de Valcke anunciando a criação de um ministério específico para cuidar dos aeroportos com a aceleração de licitações, a mudança na direção da Infraero e o projeto de lei que flexibiliza as obras para a o evento esportivo, além da concessão de parte da operação para o setor privado. Mesmo assim, ainda são apenas palavras.
De concreto mesmo só os estádios, cujo andamento das obras pode ser acompanhado pela internet no Portal 2014. Das 12 obras, apenas a de São Paulo e a de Mato Grosso contém ressalvas. A primeira, Arena Corinthians, recebeu cartão vermelho porque, apesar de o projeto ter sido oficializado, obras ainda não começaram. Já a Arena Pantanal recebeu cartão amarelo por conta do atraso de 7 meses nas obras, segundo o site. E ainda por cima cogita-se a alteração do modelo da cobertura para recuperar o tempo. Mas mesmo quem tem cartão verde sempre é possível sofrer um revés. Em Pernambuco o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado apontaram irregularidades no contrato de parceria público-privada (PPP), o que deve significar suspensão das obras até que o fato seja apurado. Se depender da falta de agilidade da Justiça brasileira, já se pode prever um atraso iminente.
A realização da Copa do Mundo no Brasil tem sido um trabalho hercúleo que pede seriedade e dedicação por parte daqueles responsáveis por tocar as obras. Mas também pede o comprometimento da população em apoiar incondicionalmente um evento de grandiosas proporções, cujo sucesso depende de uma série de fatores que vão além dos investimentos em dinheiro.

Fonte: Gazeta