ANS estabelece prazo máximo para atendimento de usuários

11/05/2011 09:00

Menos tempo de espera na marcação de consultas e exames. É isso o que a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) promete melhorar para os cerca de 12 milhões de usuários de planos de saúde do País. A entidade publicará, nos próximos dias, instrução normativa que estabelece prazos máximos de espera nos agendamentos.

A decisão tenta pôr fim nas discussões entre médicos e planos de saúde sobre o valor médio pago por consulta e, assim, aumentar o número de profissionais que prestam serviço às operadoras.

Atualmente, o usuário do Grande ABC espera, em média, um mês para agendar consultas. A ideia é de que seja preciso entre três e cinco dias para agendamentos simples e até 15 dias para especialistas.

O baixo valor pago para os médicos, em média R$ 40 por consulta, desestimula profissionais a se manterem cadastrados e tem aumentado consideravelmente o prazo de espera dos pacientes.

Em audiência pública na Câmara dos Deputados ontem, o diretor-presidente da ANS, Mauricio Ceschin, reconheceu que “há defasagem que precisa ser resgatada em relação ao pagamento de honorários aos médicos. Eles não têm sido reajustados da mesma forma como foram os insumos”. Para ele, o reajuste dos pagamentos tem que ser discutido com cautela para que os custos não sejam repassados aos consumidores.

EM GUERRA – Médicos e planos de saúde estão em guerra desde abril, quando a categoria médica paralisou por 24 horas o atendimento aos pacientes. Os médicos reclamam que os aumentos dos preços dos planos de saúde não têm sido repassados aos prestadores. Já as empresas garantem que têm elevado os pagamentos acima da inflação.

De acordo com o diretor-presidente da ANS, para que o consumidor não seja punido por essa briga, será editada a normativa. “Não faz sentido que o consumidor que paga um plano de saúde não seja atendido ou espere um, dois ou até três meses para fazer uma consulta ou procedimento.”

Segundo ele, a instrução fará com que os planos se reestruturem, contratem mais médicos e negociem os valores pagos.

A FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), entidade que congrega 15 operadoras, explica em nota que os valores pagos e os índices de aumento não são calculados pela associação, e esclarece que “de total de 1.183 operadoras, o reajuste médio do valor das consultas médicas praticado por afiliadas da Federação entre 2002 e 2010 variou entre 83,33% e 116,30%.”

Fonte:DGABC

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