Comissão Europeia divulga novo relatório sobre aspectos socioeconômicos dos transgênicos

18/05/2011 11:42

Baseado em dados obtidos por meio de estudos, pesquisas de opinião pública e testes de campo, o documento divulgado pela Comissão Europeia (CE), em abril deste ano, questiona a limitação e a falta de clareza das análises sobre as tecnologias transgênicas na Europa. A publicação revela que as informações existentes na Europa são frequentemente baseadas em ideias preconcebidas sobre o tema.

O relatório foi fundamentado em dados fornecidos pelos países-membros da União Europeia, em literatura científica internacional e nos resultados de pesquisas financiadas pelo European Framework Programme for Research.

De acordo com o comissário responsável pela Saúde e Defesa do Consumidor, John Dalli, com a publicação deste relatório, a CE atende a uma solicitação do Conselho do Meio Ambiente. “Cabe agora aos países-membros, à Comissão, ao Parlamento Europeu e a todos os interessados ponderar sobre as conclusões do relatório e lançar um debate objetivo sobre os fatores socioeconômicos dos OGM na União Europeia”, afirmou Dalli.

Uma das conclusões do estudo é a de que, uma vez que a UE representa apenas uma pequena parte da superfície dedicada ao cultivo de OGM no mundo, obviamente a experiência da Europa nesta matéria é limitada. “Não é, portanto, surpreendente que a massa de informação estatística relevante sobre as repercussões socioeconômicas do cultivo de OGM seja restrita”, ressalta o relatório.

Benefícios dos OGMs

Análises dos dados dos países-membros produtores de OGMs apontam para um cenário positivo ao investigar os impactos dos transgênicos para produtores e para a cadeia produtiva, em particular ao avaliar as culturas tolerantes a herbicidas e resistentes a pragas. Entre as principais conclusões, está a confirmação de que agricultores que optaram por variedades transgênicas têm maior produtividade, especialmente quando a infestação de plantas daninhas ou de pragas é mais acentuada.

Esse é o segundo documento sobre o tema divulgado pela instituição em menos de 6 meses. Em dezembro de 2010, a publicação Uma Década de Pesquisas com OGMs Financiadas pela União Europeia (2001-2010) concluiu que os transgênicos são tão seguros quanto suas variedades convencionais para a saúde e o meio ambiente.

Sobre o CIB – O Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), criado no Brasil em 2001, é uma organização não-governamental sem fins lucrativos, cujo objetivo é divulgar informações técnico-científicas sobre biossegurança, biotecnologia e seus benefícios, aumentando a familiaridade de todos os setores da sociedade com o tema. Na Internet, você pode nos conhecer melhor por meio do site www.cib.org.br.

O Conselho desenvolve suas atividades com o suporte de profissionais ligados aos principais centros de pesquisa, universidades e institutos de cunho científico do País. O grupo hoje é composto por mais de 70 profissionais que atuam em campos distintos do conhecimento científico. Desta forma, o CIB se consolidou como fonte para jornalistas, pesquisadores, consumidores, empresas e instituições interessadas em biotecnologia e biossegurança.

Fonte:Portal do Agronegócio

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