Preço agropecuário sobe 1,51% na segunda quadrissemana de junho, diz IEA

21/06/2011 15:03

O Índice de Preços Recebidos pelo produtor de São Paulo (IqPR) cresceu 1,51% na segunda quadrissemana de junho, avanço que foi puxado pela alta na cana-de-açúcar, principal cultura do Estado. De acordo com o Instituto de Economia Agrícola, (IEA), se a cana não fosse considerada, o IqPR seria negativo em 4,18% no período.

Segundo o IEA, o índice de produtos de origem vegetal (IqPR-V), que inclui a cana, apontou alta de 3,91% na segunda quadrissemana de junho, enquanto o índice de produtos de origem animal (IqPR-A) caiu 4,56%. Se a cana fosse desconsiderada, o IqPR-V traria queda de 3,82% no período.

Além da cana, cuja alta chegou a 9,96% entre as segundas quadrissemanas de maio e de junho, os produtos do IqPR com maiores altas foram: tomate para mesa (34,06%), leite B (7,20%) e leite C (5,19%). Segundo o IEA, a alta no tomate foi causada pelas chuvas e pela temperatura acima da média no começo de maio, que causou perdas na colheita. A alta nos leites B e C foi causada pela estiagem, que reduziu a qualidade da pastagem. O leite B sofreu ainda o impacto do aumento na ração, em virtude dos preços e da dificuldade de se obter milho e soja.

Já os produtos que tiveram as maiores quedas entre os períodos comparados foram batata (35,73), algodão (24,26%), carne suína (14,74%), laranja para mesa (12,62%), ovos (8,69%) e carne de frango (8,57%). A queda da batata decorre da oferta. Para o algodão, a redução é atrelada à baixa nos preços internacionais e pelo impacto de importações de tecidos chineses.

Para a laranja, a queda ocorreu pela safra da fruta, que aumentou a oferta. Já as quedas na carne suína e nos ovos são explicadas por um cenário de estabilidade ou queda na demanda, e para a de frango a redução ocorre pelo aumento na oferta. Na segunda quadrissemana de junho, oito produtos apresentaram alta de preços, seis de origem vegetal e dois de origem animal, e 12 apresentaram queda, oito de origem vegetal e quatro de origem animal.

fonte: Portal do Agronegocio