22/07/2011 09:01
Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) aponta que, metade dos adolescentes que moram na capital paulista consome uma quantidade de nutrientes abaixo da recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).O estudo mapeou os hábitos alimentares de 512 jovens, com idades entre 14 anos e 18 anos, de famílias de diferentes classes sociais e níveis de escolaridade.
Segundo o nutricionista Eliseu Verly Junior, docente da USP que publicou a pesquisa em sua tese de mestrado, a deficiência no consumo de nutrientes está dividida basicamente em dois tipos – consumo de vitaminas A, C e E (encontradas em alimentos como brócolis, frutas cítricas e óleos vegetais) e magnésio (carne, leite e vegetais verde escuros). O especialista afirma que a falta destas vitaminas pode facilitar a ocorrência de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer. Já a do magnésio pode causar doenças ósseas como a osteoporose.
“De forma geral, a deficiência na ingestão desses nutrientes é causada por maus hábitos alimentares”, explicou o nutricionista à Agência Brasil. “Os jovens comem menos frutas, verduras e legumes do que deveriam”, completou.
Ingestão de sódio
A OMS recomenda o consumo de, no máximo, 2,3 gramas de sódio por dia. Essa quantidade está contida em seis gramas de sal de cozinha, mas o estudo apontou que 85% dos adolescentes da capital de São Paulo consomem mais do que o valor estimado.
Na avaliação de Verly Junior, além de comerem menos alimentos saudáveis, os adolescentes também consomem mais biscoitos e sanduíches, atualmente. Por isso, acabam ingerindo mais sódio do que deveriam. “O consumo acima do recomendado pode causar hipertensão”, frisou.
Para o nutricionista, campanhas de educação alimentar poderiam alterar a situação constatada pela pesquisa. Ele também defende incentivos fiscais para a produção de alimentos saudáveis. Isso poderia barateá-los e tornar seu consumo mais acessível.
fonte: Terra