Metropolitano de VG será entregue hoje

02/08/2011 08:54

Após cerca de 2 anos em obras o Hospital Estadual Metropolitano “Lousite Ferreira da Silva” será inaugurado hoje em Várzea Grande. O ato de inauguração contará com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A unidade será a iniciativa piloto da gestão hospitalar, em Mato Grosso, feita por uma organização social de saúde (OSS), modelo de gerência compartilhado com uma entidade não-governamental, implantado pelo atual governo estadual e que deve ser estendida aos quatro hospitais regionais do Estado: Cáceres, Colíder, Rondonópolis e Sorriso.
A expectativa do Estado é que o hospital sirva como referência para os serviços de cirurgias gerais, traumatologia e ortopedia. O Metropolitano deverá executar cerca de 500 cirurgias, 900 exames de imagem e 3.500 raios-x por mês. O hospital também oferecerá atendimento de urgência e emergência. Outra novidade é que terá um sistema informatizado para que todos os procedimentos sejam acompanhados via internet.
O anúncio da forma de gestão a ser implantada na unidade e em demais do interior foi, no entanto, o motivo da deflagração de uma greve de médicos em Mato Grosso. A categoria se colocou contrária à novidade.
Quanto ao déficit de vagas hospitalares que o Estado tem, o Metropolitano está longe de atingir o necessário, conforme os médicos. O secretário de Imprensa e Divulgação do Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed), Carlos Evaristo Metello Costa e Silva, crê que o hospital não vá sequer amenizar os problemas da Saúde em Mato Grosso. “O déficit estadual é de mais de mil leitos e esse novo hospital vai ter 60. O hospital metropolitano não vai desafogar o Pronto-Socorro da Capital”.
A OSS ganhadora da licitação para assumir o Metropolitano é o Instituto Pernambucano de Assistência a Saúde (Ipas). Isto também gera críticas da categoria médica, que é contra a presença deste modelo de gestão. Carlos teme que a OSS corte gastos para lucrar com a gestão. “O hospital público não pode ter lucro. Como é que você constrói uma estrutura com dinheiro público e dá para os outros administrarem?”, questionou. Carlos acredita que a organização pode contratar profissionais de competência questionável e comprar produtos de pior qualidade e mais baratos para cortar custos.

fonte: Diário de Cuiabá

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