Análise de Mercado – 09 de Agosto de 2011

09/08/2011 12:16

Uma queda de 17,52% em volume, nas exportações de carne suína brasileira, em julho, confirma o prejuízo causado pelo embargo sanitário russo decretado em 2 de junho e que entrou em vigência no dia 15 daquele mês. O alvo foram as exportações de carne suína do Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná. Em julho, o Brasil vendeu para o exterior 36.104 toneladas e obteve uma receita de US$ 93,85 milhões. A queda em valor foi de 13,28% (US$ 93,85 milhões ante US$ 108,22 milhões).

De janeiro a julho, o Brasil embarcou 302.957 t, em relação a 313.468 t no mesmo período de 2010, uma queda de 3,35%. Em faturamento, houve um crescimento de 7,74%: US$ 829,12 milhões nos primeiros sete meses de 2011 ante US$ 769,52 milhões em igual período de 2010. Em julho deste ano, o preço médio da carne suína aumentou 5,14%, em comparação com o mesmo mês do ano passado

Crescem embarques para outros destinos

De acordo com a Assoc iação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína – Abipecs -, os demais destinos cresceram quando se comparam os meses de julho de 2011 com 2010 e quando se compara o período janeiro a julho dos dois anos. “É, porém, muito difícil, no curto prazo, manter os volumes exportados sem o fim do embargo nos três estados e mesmo o retorno de outros estabelecimentos que ainda permanecem com suspensão temporária”, avalia o presidente da ABIPECS, Pedro de Camargo Neto.

Fim do embargo depende de ação rápida do Mapa – “Continuamos esperançosos com a rápida solução para o embargo, pois entendemos que se trata mais de uma questão burocrática e de desencontro entre autoridades sanitárias do que de fato uma questão técnica sanitária”, acrescenta. Na opinião de Pedro de Camargo Neto, “é preciso que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa – ofereça atenção e prioridade para esta questão e agilize uma solução”.

Importância do mercado russo

O me rcado da Rússia para carnes, em geral, e em especial para a carne suína é muito importante. Trata-se de um mercado que impacta a formação de preços e a renda dos produtores e da agroindústria do Brasil.

Em julho, as exportações para a Rússia foram de apenas 3.983 toneladas, em comparação com 19.420 t em julho de 2010, um declínio de 79,49%. A receita apurada em julho deste ano foi de US$ 11,68 milhões, em relação a US$ 53,32 milhões em julho do ano passado, uma queda de 78,09%. De janeiro a julho de 2011, o Brasil embarcou para a Rússia 112.646 t, em comparação com 142.709 t no mesmo período do ano passado, uma redução de 21,07% nos embarques em volume e de 10,40% em valor (US$ 351,11 milhões ante US$ 391,86 milhões). (Suino.com)

  • GO R$3,25
  • MG R$3,25
  • SP R$3,14
  • RS R$2,70
  • SC R$2,60
  • PR R$2,70
  • MS R$2,40
  • MT R$2,40

Frango vivo

Iniciada há menos de 30 dias, a atual escalada de preços do frango vivo teve continuidade ontem (8), uma segunda-feira. Como esse dia da semana é, normalmente, de baixo movimento, fica claro que a disponibilidade de produto no mercado independente permanece bastante escassa.

Isso permitiu que ontem, sétimo dia de negócios de julho, o frango vivo tivesse o quarto reajuste de preços do mês – tanto em São Paulo como em Minas Gerais. Como em ambas as praças o adicional foi de cinco centavos, os valores de comercialização alcançaram, respectivamente, R$2,10/kg e R$2,25/kg, o que significa que retornam à maior cotação do ano e ao valor que corresponde ao recorde nominal do setor nos dois estados.

O frango vivo comercializado no interior paulista alcançou a cotação de R$2,10/kg pela primeira vez no ano passado, mais exatamente em 9 de dezembro de 2010, e com ela permaneceu até os primeiros dias de 2011, quando, pela natural queda da demanda, os preços dos alimentos em geral sofreram refluxo. A reversão, porém, foi rápida, veio logo no início de fevereiro. No dia 24, o frango vivo paulista retornava, pela segunda vez, aos R$2,10/kg. Isso se estendeu até o final da primeira quinzena de março. A partir do dia 16 daquele mês começou uma queda que só cessou 60 dias depois, quando o produto já era comercializado por R$1,55/kg.

Em Minas Gerais, os R$2,25/kg atuais ocorreram pela primeira vez no início de fevereiro passado, prevalecendo por menos de 30 dias. Mas aqui o recuo foi bem mais acentuado que em São Paulo, pois só cessou quando a cotação se encontrava em R$1,50/kg. Ou seja: enquanto São Paulo perdeu, na baixa, 26% do melhor preço, em Minas a perda foi de 33%.

As condições de mercado sinalizam quebra do atual recorde ainda nesta semana. Na expectativa, resta observar, como curiosidade, que o valor ora recebido pela ave viva em São Paulo é o mesmo que vigorava n o grande atacado da capital paulista para o frango abatido apenas 60 dias atrás. (Avisite)

  • SP R$2,10
  • CE R$2,40
  • MG R$2,25
  • GO R$1,85
  • MS R$1,85
  • PR R$1,95
  • SC R$1,80
  • RS R$1,85

Ovos

A semana inicia com boa demanda e com os preços correspondendo a realidade do mercado.

Com a semana propícia a uma boa demanda, as ofertas continuarão bem equilibradas.

A má notícia para o setor continua sendo o mercado de milho que vem se mantendo muito firme e com perspectivas de mais altas. (Com Informações do Mercado do Ovo)

Ovos brancos

  • SP R$48,00
  • RJ R$52,50
  • MG R$53,00

Ovos vermelhos

  • MG R$56,00
  • RJ R$55,50
  • SP R$51,00

Boi gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 101,94, com a variação em relação ao dia anterior de -0,11%.  A variação registrada no mês de Agosto é de -0,36%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).

O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 63,24.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.

Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.

A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.

  • Triangulo MG R$94,00
  • Goiânia GO R$93,50
  • Dourados MS R$97,00
  • C. Grande MS R$97,00
  • Três Lagoas MS R$97,00
  • Cuiabá MT R$94,00
  • Marabá PA R$87,00
  • Belo Horiz. MG R$92,00

Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 47,78. O mercado apresentou uma variação de -0,97% em relação ao dia anterior. O mês de Agosto apresenta uma variação de -1,53%.

O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 29,64.

Físico – saca 60Kg – livre ao produtor

  • R. Grande do Sul (média estadual) R$47,00
  • Goiás – GO (média estadual) R$43,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$42,00
  • Paraná (média estadual) R$47,78
  • São Paulo (média estadual) R$46,50
  • Santa Catarina (média estadual) R$45,50
  • M. Grosso do Sul (média estadual) R$42,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$47,00

Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 30,18 a saca. O mercado apresentou uma variação de 0,23% em relação ao dia anterior e de 0,03% no acumulado do mês de Agosto.

O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 18,72.

O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.

Físico – saca 60Kg – livre ao produtor

  • Goiás (média estadual) R$24,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$26,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$21,00
  • M. Grosso Sul (média estadual) R$24,50
  • Paraná (média estadual) R$27,50
  • São Paulo (média estadual) R$30,18
  • Rio G. do Sul (média estadual) R$31,00
  • Santa Catarina (média estadual) R$30,50

Fonte:Portaldoagronegócio

Tags: