Meningite 53,6% maior

24/08/2011 17:38

Em menos de dois meses, as notificações de casos de meningite registraram um aumento de 53,6% em Mato Grosso. Entre 1º de janeiro e 1º de julho, foram registrados 69 casos. E desde julho até ontem, houve 37 novos registros, totalizando 106 no ano. Os dados são da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
O índice de mortes apresentou crescimento maior ainda, saiu de quatro para 18 casos no mesmo período, chegando bem próximo do total registrado em todo o ano de 2010, com 20 casos. Em 2010, a Secretaria registrou 170 notificações por meningites, de todos os tipos. No ano anterior, foram 214 casos.
As meningites meningocócicas e haemophilu B, ambas causadas por bactérias – as formas mais graves da doença – tiveram aumentos consideráveis. A primeira mais que dobrou em menos de dois meses, pulou de 10 para 26 casos. Já a meningocócica, uma das mais temidas pela rapidez da evolução, poder infeccioso e agravamento do quadro de saúde do paciente, aumentou 50%, de 10 para 15 casos.
A meningite do tipo bacteriana haemophilus atinge especialmente os bebês, a partir dos quatro meses, e crianças até quatro anos. Já as diversas formas de meningocócicas, transmitidas pela bactéria meningococo, fazem vítimas em todas as faixas etárias.
Em 1º de julho deste ano, a SES apresentou os dados do primeiro semestre e fez um alerta para a necessidade de medidas de prevenção por causa da possibilidade de aumento da doença no inverno.
A coordenadora do Serviço de Vigilância Epidemiológica da SES, Valéria Cristina da Silva, destacou que embora as meningites se manifestem durante o ano inteiro, os cuidados precisam ser redobrados durante o inverno, entre junho e agosto.
Valéria explicou que, por causa do frio ou de temperaturas mais amenas, as pessoas tendem a passar mais tempo juntas e em ambientes fechados, facilitando a transmissão dos agentes causadores. Mesmo no frio, alertou ela, é necessário manter a casa arejada, recebendo a luz do sol. Os agentes transmissores da doença, informou Valéria, são sensíveis aos raios solares.
Conforme a coordenadora, o aumento era esperado para esse período, porém, disse Valeria Silva, há medidas que podem ser adotadas para diminuir os riscos de contrair meningites. Além dos cuidados com a higiene pessoal e ambiental, manter em dia as vacinas das crianças é primordial à prevenção. A BCG e tríplice viral estão entre as vacinas que previnem formas de meningites.
Recorrer ao serviço de saúde aos primeiros sintomas suspeitos da doença também são fundamentais ao tratamento precoce e aumento das chances de cura do paciente. Choro contínuo, febre, prostração e rigidez na nuca são os principais sinais. No caso dos recém-nascidos, acrescenta-se a elevação (abaulada) da moleira.

fonte: Diário de Cuiabá

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