Minas adere à agricultura de baixa emissão de carbono

02/09/2011 12:46

Agricultores e pecuaristas mineiros interessados em adotar práticas de baixa emissão de carbono contarão com crédito de até R$ 1 milhão por produtor, por meio de linhas do Banco do Banco do Brasil, instituições de crédito cooperativo e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). A informação foi transmitida  em Belo Horizonte, pelo diretor do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade do Ministério da Agricultura, Carlos Magno Chaves Brandão.

O diretor participou da abertura do Seminário de Sensibilização e Difusão do Plano “Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC)”, realizado no auditório do BDMG pelo ministério em parceria com o Governo de Minas.  O Programa ABC financia projetos de investimentos voltados às atividades agropecuárias que permitem a redução da emissão de gases de efeito estufa, entre elas a recuperação de pastagem degradada, o plantio direto na palha, integração lavoura-pecuária-floresta, plantio de florestas e tratamento de resíduos animais.

Minas é referência

De acordo com o secretário da Agricultura, Elmiro Nascimento, iniciativas como o Plano ABC, que possam ajudar Minas Gerais a manter a condição de referência na produção agrícola e pecuária com sustentabilidade, sempre serão bem acolhidas pelo governo estadual. Nascimento enfatizou que o plano terá a participação da Secretaria e de suas instituições vinculadas, principalmente a Emater-MG, por meio de suas unidades em mais de 700 municípios.

“Podemos adiantar que um dos segmentos com a perspectiva de ser beneficiado pelas linhas de crédito vinculadas ao plano é a Integração Lavoura, Pecuária Floresta (ILPF). O sistema de integração, desenvolvido no Estado pela Seapa, possibilita a obtenção de produtos de alta qualidade agregada à proteção ambiental”, disse o secretário.

Já o secretário adjunto da Agricultura, Paulo Romano, observou que o plano ABC é apresentado num momento diferenciado da produção agrícola, agora marcado pela sustentabilidade. “O que se deve fazer é induzir o produtor a buscar essa linha de crédito especial para ser quitado em condições especiais”, ressaltou.

O crédito vinculado ao Plano ABC poderá dar suporte também à irrigação, neste caso com linhas específicas para aquisição de equipamentos. Segundo as normas, os recursos vinculados às práticas previstas no plano atenderão aos produtores sem distinção de porte.  Já os técnicos agrícolas serão os principais difusores das atividades agropecuárias que proporcionem a baixa emissão de carbono, além de responderem pelo acompanhamento dos produtores em todos os estágios para a obtenção do crédito a ser utilizado nas atividades.

Palestras

Nas palestras e nos debates do seminário realizado no BDMG foram apresentadas questões relacionadas com a redução da emissão de gases de efeito estufa na produção agropecuária, no âmbito da Política Nacional sobre Mudanças do Clima. Os palestrantes abordaram temas relacionados à melhoria da eficiência no uso de recursos naturais, tecnologias para o desenvolvimento do programa, impactos econômicos, o mercado de carbono e outros.

Fonte:Portaldoagronegocio

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