
O escritório da Fifa consumirá em três anos US$ 70 milhões. Não pagará impostos nem no Brasil nem na Suíça. Mas é considerado fundamental para permitir o andamento dos trabalhos, não só na vistoria de estádios, mas para acompanhar as obras em aeroportos. Desde o início do ano, a entidade apontou um especialista apenas para tratar do caos aéreo no Brasil.
Mas, sem visto, a solução encontrada pelos funcionários da Fifa é driblar as autoridades brasileiras. Como podem ficar apenas três meses no País com visto de turista, ao final do prazo precisam cruzar as fronteiras e retornar, mais uma vez como turistas.
A Fifa tem pressionado o Ministério do Esporte para acelerar o lobby com a Polícia Federal para a regularização da situação, mas até agora não há avanço no processo. A surpresa é que a dificuldade no Brasil é maior que a encontrada na África do Sul.
Apesar dos problemas, a entidade planeja para meados do mês evento no País para marcar os mil dias que faltam para a Copa. A festa terá a presença do secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, na tentativa de mostrar a unidade com a CBF.
A contagem regressiva dos mil dias para o Mundial começa dia 16. Até lá, o governo brasileiro espera ter enviado ao Congresso a Lei Geral da Copa, que vai regulamentar, entre outras coisas, o visto temporário de trabalho dos funcionários da Fifa. Esse é um dos 11 compromissos assumidos pelo governo.
O envio da Lei Geral ao Congresso deveria ter ocorrido há três meses. Preparado pelo Ministério do Esporte, o projeto está desde abril em análise na Casa Civil da Presidência da República.
Fonte: Estadão
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