Inflação volta a subir

07/09/2011 08:59

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), voltou a subir e fechou o mês de agosto com alta de 0,37%, informou ontem Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho, a taxa havia ficado em 0,16%.
Com esse resultado, o IPCA acumula no ano elevação de 4,42%, acima do acumulado no mesmo período de 2010 (3,14%). Já no período dos últimos 12 meses, o índice acumula aumento de 7,23%, o maior desde junho de 2005, quando ficou em 7,27%. Em agosto de 2010, a taxa havia sido 0,04%.
O IBGE também divulgou os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para as famílias com renda até seis salários mínimos. Neste caso, a taxa teve alta de 0,42% e superou o resultado de julho (0,00%). O INPC acumula inflação de 4,14% no ano e de 7,40% nos últimos 12 meses.
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) voltou a subir em agosto e fechou o mês com alta de 0,61%. Em julho, o índice havia registrado deflação (queda de preços) de 0,05%. O dado foi divulgado ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). No ano, o IGP-DI acumula alta de 3,52%, e nos últimos 12 meses, de 7,81%.
A elevação em agosto foi influenciada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que ficou em 0,77%, depois de cair 0,13% em julho. Ficaram mais caros na passagem de um mês para o outro os alimentos processados (de 1,18% para 3,35%), os materiais e componentes para a manufatura (de -0,84% para -0,58%), o minério de ferro (de -1,51% para 2,10%), a soja em grão (de 0,36% para 2,69%) e a cana-de-açúcar (de -0,90% para 2,17%).
IPC
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também registrou alta, passando de –0,04% para 0,40%. Quatro das sete classes de despesa que o compõem apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para alimentação (de -0,67% para 0,80%), especialmente frutas (de -1,99% para 7,47%), carnes bovinas (de -0,23% para 1,67%) e hortaliças e legumes (de -5,41% para -4,15%).
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) foi o único a registrar decréscimo na taxa, passando de 0,45% para 0,13%. O movimento foi influenciado pelos materiais e equipamentos (de 0,29% para 0,16%) e pelo custo da mão de obra (de 0,59% para 0,04%). Por outro lado, os serviços ficaram mais caros (de 0,34% para 0,47%).
O IGP-DI de agosto foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 1º e 31 de agosto.
ALIMENTOS
A alta de 0,37% na inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em agosto foi puxada principalmente pela elevação nos preços dos alimentos. Um mês antes, eles haviam registrado queda de 0,34%, mas voltaram a subir e ficaram 0,72% mais caros. O grupo respondeu por quase metade (45%) da taxa global.
Segundo a coordenadora de Índice de Preços do IBGE, Eulina Nunes, pesaram mais no bolso do consumidor produtos importantes na mesa dos brasileiros, como arroz (1,82%), feijão-carioca (0,58%) e carnes (1,84%), que exerceram o principal impacto individual no mês.
“Houve alta no arroz, no feijão, na carne, no pescado. A refeição típica do brasileiro”, disse. “As carnes, no segundo semestre, entram na entressafra, por causa do período de confinamento. E os produtores também têm reclamado que a ração está mais cara em função do milho e da soja”, acrescentou a coordenadora do IBGE.

fonte: Diário de Cuiabá

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