13/09/2011 13:33
Hoje é dia de almoço na casa da dona Maria. A família vai toda prá lá. Rodrigo, o filho mais velho, mora na casa dos fundos e leva a esposa e a criançada. Malu, a filha do meio, já mora na casa da dona Maria com a filha Isabel e domingo recebe o Beto, namorado e pai da menina. Edu, o filho mais novo, que também mora lá, vai receber a moçada. Tem o Zelão, o Miguel e o Lucas, que juntamente ao Edu, formam uma banda de rock presente nas baladas do bairro.
Essa é apenas uma parte dos convidados. Dona Maria tem duas irmãs que também estão sempre presentes com suas famílias. A Dagmar é viúva e vai com seus dois filhos, a Laura e o Gustavo. A outra irmã se chama Vanda e comparece com o marido, Amadeu, e com a filha Tainá, que acabou de completar 10 anos. Alguns amigos e amigas da dona Maria são figuras constantes no almoço de domingo, como o Estevão, o Wanderson e a Tereza que traz a filha Lívia, afilhada da dona Maria.
Pode parecer impossível, mas a dona Maria recebe todo esse pessoal e não falta comida. É certo que cada um traz um prato pra ajudar a compor o almoço. A mesa fica farta e variada. Tem lingüiça toscana, picanha, dobradinha, torta de palmito, lasanha e strogonoff de frango. Para sobremesa, fica fácil. É só abrir dois potes de sorvete de 2 litros que o assunto está resolvido.
Como a dona Maria consegue reunir toda essa gente? Além de o almoço ser comunitário, ela trabalha muito para prover a casa. Serviço não falta. Ela é diarista em casas de família de segunda a sábado. Dá para fazer até duas faxinas por dia, dependendo do tamanho da casa. A geladeira anda cheia nos últimos anos. Bem diferente daquele tempo de inflação, que corroia a renda da dona Maria.
A casa da nossa protagonista também está bem equipada. Tem sofá novo, geladeira duplex, TV de plasma e computador com impressora. Tudo foi comprado no carnê ou no cartão, que devidamente parcelado, coube no orçamento da dona Maria. Essas compras foram possíveis graças à expansão do crédito, que permitiu às pessoas antecipar o futuro e usufruir de uma vida mais confortável. A economia agradece e gera empregos aos montes.
Por:Fábio Moraes, diretor de educação corporativa da Febraban