Tipo de tuberculose sem cura causa pânico em países europeus

15/09/2011 15:25

Esse tipo de tuberculose é alarmante, pois é resistente a remédios e tratamento e 53 países europeus já apresentam casos da doença.

Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, o problema é alarmante e um plano está sendo elaborado para conter casos deste tipo de tuberculose que é resistente a remédios e tratamento. Há mais casos da doença no leste europeu e há cerca de 80 mil casos desta tuberculose por ano. O plano deve aumentar os diagnósticos e acessos a tratamentos, economizando 120 mil vidas até 2015.

Os países com mais casos da doença são o Azerbaijão, a Rússia e a Ucrância, já na Grã-Bretanha a maioria dos casos ocorrem nas grandes cidades. Em Londres há 3.500 casos por ano. Na Inglaterra, teve 58 casos da tuberculose resistente em 2009. E apesar dos números baixos, a tendência dos números é somente aumentar, explica o especialista em tuberculose da Agência de Proteção à Saúde britânica, Ibrahim Abubakar.

“Enquanto uma pessoa está infectada, outras podem pegar a tuberculose. Os grandes números no leste europeu representam uma falha na tomada de ação”, alega Ibrahim, que pede aos médicos e centros de atendimento para que estejam observem e detectem possíveis casos. “Não podemos ser complacentes. O custo de administrar cada caso pode ser aumentado para várias centenas de milhares de libras”, finaliza o especialista.

A tuberculose é uma infecção contraída pelo ar e é fatal em 7% dos casos, apesar de haver tratamento. Os pacientes que contraem o tipo raro de tuberculose, resistente a tratamentos, morrem na metade dos casos. No Brasil não há registros da tuberculose resistente, mas a tuberculose comum já é a terceira causa de morte por doenças infecciosas e a primeira em portadores do vírus HIV.

Um caso de paciente com tuberculose resistente que sobreviveu é Anna Watterson, uma advogada inglesa que contraiu a doença quando morava no noroeste de Londres. Ela afirma que passou quatro meses no hospital tomando um coquetel de remédios, mas agora, está totalmente recuperada. “Comecei com o tratamento básico com três medicamentos. Mas seis semanas depois, veio a notícia deprimente de que nenhum deles havia funcionado. Com o novo coquetel de remédios, fiquei me sentindo mal. Eu tive hematomas por injetá-los, e um dos efeitos colaterais era sensibilidade com o Sol”, contou a britânica que hoje está saudável e sem sequelas.

Fonte: BBC Brasil

Tags: