Chips monitoram árvores do programa Copa Verde

19/09/2011 13:18

O programa Copa Verde iniciou a fase de monitoramento por chips eletrônicos das espécies plantadas às margens do rio Cuiabá, na comunidade de Barranco Alto, em Santo Antônio de Leverger (MT). Informações sobre o número de mudas plantadas em cada propriedade, nome das espécies e identidade geográfica das árvores poderão ser acessadas pela internet.

A Agecopa financia o programa, que é executado pelo Instituto Ação Verde. O crédito de carbono gerado pelas novas árvores será vendido pelas comunidades e comprado pela agência para a compensação e neutralização de gases poluentes emitidos na construção da Arena Pantanal.

Em média, cada árvore plantada sequestra 138 quilos de carbono durante o período de 30 anos. Estima-se que a obra do novo Verdão emitirá 711 mil toneladas de carbono equivalente.

Nos próximos três anos serão destinados R$ 3,5 milhões para o projeto, dos quais R$ 710 mil serão destinados em forma de pagamentos por serviços ambientais aos ribeirinhos dos municípios ao longo das margens dos rios Cuiabá, Paraguai e São Lourenço. Serão recuperados cerca de mil hectares de áreas de preservação permanentes (APPs) com o plantio de 1,4 milhão de árvores. Já foram plantadas 50 mil mudas, de 62 diferentes espécies em 88 propriedades.

“O monitoramento das árvores permitirá um total controle do processo, garantindo conhecer a origem das mudas plantadas. Toda essa identificação é também uma forma de segurança no mercado de carbono, pois garante que cada planta terá um único comprador”, assegurou o diretor técnico do Ação Verde, Paulo Borges.

Além dos chips que começaram a ser instalados nas propriedades cadastradas no programa, outra novidade é a criação das reservas de serviços ecossistêmicos, que são áreas de mata nativa já preservadas pelos ribeirinhos. Nelas, os técnicos vão instalar chips nas árvores produtoras de sementes e realizarão o trabalho de levantamento de crédito de carbono.

“Inicialmente, estavam inclusas no projeto apenas áreas com passivos ambientais, mas começamos uma nova etapa, na qual o ribeirinho que sempre conservou a mata ciliar também ingressará no mercado de carbono”, explicou Borges.

“A exploração do turismo e a conservação da natureza caminham juntas, o que torna a Copa Verde um importante instrumento de preservação dos rios formadores do Pantanal, ecossistema que atrairá milhares de turistas de todo mundo em 2014”, ressaltou o presidente da Agecopa, Eder Moraes.

“Nós tiramos nosso sustento do rio e temos que preservá-lo. Só tem lucro quem preserva”, disse Célio Chaves, dono de um pesqueiro em Barranco Alto. Ele começou o plantio de árvores nas áreas degradadas da sua propriedade antes mesmo do início do Copa Verde e, ao aderir o programa, vem ampliando o número de mudas plantadas.

Fonte:Secom/MT

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