Câmbio deve reduzir importações de papel no Brasil, diz Suzano

03/10/2011 12:17

A alta do dólar deve reduzir as importações de papel no Brasil, mas não impactará significativamente os preços, segundo o presidente da Suzano Papel e Celulose, Antonio Maciel Neto. Para o executivo, entretanto, o efeito cambial não deve ser imediato, visto que entre um cliente brasileiro fazer um pedido e receber o papel existe um prazo de dois a três meses.

“Eu acho que não vai ter aumento de preços, pode ser que tenha alguma correção de distorção. Por exemplo, no papel revestido a gente vinha baixando os preços porque não conseguia competir. Então, nós vínhamos baixando os preços de uma maneira distorcida,” disse Maciel a jornalistas nesta terça-feira, após evento na Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Além disso, o presidente da Suzano lembrou que as medidas para redução das importações de papel imune também estão surtindo efeito. De acordo com a legislação, papéis importados para a confecção de livros e cadernos não pagam imposto, mas muito desse produto era desviado para outros fins, prejudicando a indústria local.

“No caso da Suzano temos clientes há 40 anos, temos marcas estabelecidas, temos 30% da distribuição. A gente tem que ver se eles (importados) vão conseguir competir com a gente. Eles vinham competindo se aproveitando de duas distorções monumentais: o câmbio e o negócio do imune”, disse.

Fonte:Portaldoagronegocio

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