CÂMBIO-Dólar segue caindo, perto de R$1,70, com cenário externo

28/10/2011 13:00

O dólar operava em queda frente ao real nesta sexta-feira, ampliando o forte declínio da véspera e ajustando-se a expectativas de que a divisa dos Estados Unidos possa perder terreno com a melhora do cenário econômico externo. Ainda nessa sessão, o Banco Central (BC) volta a fazer leilão de swap cambial.

Às 11h03 (horário de Brasília), o dólar era negociado a 1,7045 real para venda, em baixa de 0,26 por cento . Intensificando o tombo de quase 3 por cento registrado na quinta-feira, a cotação chegou a 1,6945 na mínima do dia, nível não visto desde o começo de setembro.

“É mais um movimento de realização (de lucros)”, disse o operador de um banco nacional, que prefere não ser identificado. “Tem expectiva de que, com a melhora (externa), volte um pouco mais de capital para cá”.

Na quinta-feira, a zona do euro fechou um acordo para baixar a dívida da Grécia, recapitalizar bancos do bloco e fortalecer seu fundo de resgate. As medidas visam encerrar a crise de dívida que há dois anos golpeia a Europa e os mercados globais.

Também ainda animando os investidores, foi divulgado na véespera que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos teve a maior expansão em um ano no terceiro trimestre, de 2,5 por cento.

As notícias positivas incentivam o apetite por ativos mais arriscados, com fuga da segurança do dólar para o real e outras moedas de maior rendimento ligadas a commodities.

Os estrangeiros já aumentaram a aposta na queda da moeda dos Estados Unidos: segundo dados mais recentes da BM&FBovespa, eles detinham cerca de 2,752 bilhões de dólares em posições vendidas nos mercados de dólar futuro e cupom cambial (DDI).

No Brasil, o BC realiza leilão de swap cambial tradicional entre 11h15 e 11h30, com venda de até 30 mil contratos para rolagem dos papéis que vencem em 1o de novembro, no valor de 1,5 bilhão de dólares.

A operação equivale à venda de dólares no mercado futuro e foi usada algumas vezes desde setembro, pela primeira vez desde 2009, para combater a alta excessiva do dólar. Naquele mês, a moeda norte-americana se apreciou 18 por cento ante o real.

Fonte:Veja

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