Estudantes usam redes sociais para protesto contra o Enem

28/10/2011 08:44

Indignados por mais um problema nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), um grupo de estudantes do Rio de Janeiro estão marcando pelo Facebook um protesto  no dia 13 de novembro, na praia de Copacabana, a partir das 10 horas. Mais de quatro mil pessoas apoiam o movimento e confirmaram presença.

Denominado Protesto contra o Vexame Nacional do Ensino Médio”, a página da rede de relacionamentos foi criada por Breno Avelheda, Raphael Noronha, Isabella Pilar e Daniella Coimbra,que pedem o retorno dos vestibulares de cada instituição instituição de ensino superior.

A convocação para o protesto começou logo após o vazamento nas redes sociais por parte dos alunos do colégio Christus, em Fortaleza, que na apostila do simulado feito na véspera do Enem, constavam nove questões  idênticas ao do Enem.

Justificando o protesto, os estudantes alegam que  o exame do Ensino Médio está baseado em provas aplicadas no exterior.”Não estamos contra o Enem, mas que ele seja feito e atenda à finalidade a qual foi idealizado, que é testar o Ensino Médio brasileiro. Que ele seja bem sucedido nestes testes e, como uma prova sólida, observe que nosso país está começando a ter uma educação adequada”.

Outra ação adotada por candidatos que participaram do Enem e se sentiram prejudicados com a decisão do MEC, é uma petição pública  encaminhada ao  Ministério Público Federal (MPF).

Na página do Facebook, os autores afirmam que  o objetivo da petição, é o de “mobilizar candidatos para originar uma ação coletiva que respeite o direito de todos os que se sentem lesados com a decisão de reaplicação da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) a uma parcela de candidatos, ferindo o principio de igualdade”.

Decisão

Nesta quarta-feira o  Ministério da Educação (MEC) reconheceu o problema e  como solução, decidiu anular as provas dos 639 estudantes do Colégio Christus, em Fortaleza, oferecendo como alternativa fazerem neste fim de semana,o exame junto com presidários que se inscreveram para o concurso.

Leia a íntegra da petição pública

“Pelo terceiro ano consecutivo, o Exame Nacional do Ensino Médio trata com falta de respeito os alunos e jovens que tentam ingressar em uma universidade ou utilizar deste exame para outros fins. Neste ano (2011) ocorreu o que é vulgarmente chamado de VAZAMENTO de questões, onde uma escola exibiu para os seus alunos ANTES da aplicação do exame questões idênticas às aplicadas”.

“O MEC,como solução alegou que cancelaria, portanto, o exame dos alunos que participaram diretamente da fraude. Os demais alunos, que não participaram querem, através deste abaixo assinado o direito de refazerem a prova, levando em consideração que a partir do momento que há um deslize de tamanha gravidade não é justo que seja julgado com tão pouca atenção e seriedade”.

“Um segundo exame constará questões diferentes, portanto um nível diferente, que pode tanto ser mais elevado quanto menos, porém é de tamanha injustiça uma segunda oportunidade para uma pequena parcela dos inscritos para o exame levando em consideração que: os alunos que terão direito a refazer a prova terão um tempo superior para estudar o conteúdo em relação aos alunos que fizeram as provas nos dias 22 e 23 de outubro; A decisão do MEC de anular o Enem somente para os alunos do colégio fere o princípio da igualdade do exame e da Constituição Federal; Não foi de conhecimento de todos os alunos do colégio em questão, portanto, os que têm seus exames anulados também encontram-se em condição de injustiça; As questões foram entregues por pessoa aquém ao colégio, o que corrobora o fato de que pessoas que NÃO fazem parte da instituição de ensino podem ter tido o mesmo acesso às questões. Em se tratando de educação é de suma importância que haja justiça, ainda que seja facultativa a opção de refazer o exame, os cidadãos que sentiram-se prejudicados têm seu direito garantido por lei. Se não há organização para o processo seletivo, que haja respeito com quem dele participa”.

Fonte:Odia

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