Mortes por malária baixam em África

06/12/2011 11:00

Especialistas advertiram esta terça-feira que apesar da diminuição das mortes por malária em África é preciso continuar com a luta para erradicar a doença, já que a variante «Plasmodium vivax» mantém-se estável em partes da Ásia e da América Latina.

Uma equipa de especialistas da Universidade de Oxford, liderada por Peter Gethington, elaborou um mapa no qual mostra o impacto desta variante, que não é considerada tão mortal como a «Plasmodium falciparum» – o parasita predominante em África -, mas é a mais comum no mundo.

O Projecto Atlas da Malária (MAP, na sigla em inglês) foi apresentado durante a reunião anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene (ASTMH), realizada nos Estados Unidos, e será publicado na edição de Dezembro do American Journal of Tropical Medicine and Hygiene.

Calcula-se que anualmente cerca de 2,85 mil milhões de pessoas correm risco de serem infectadas por esta variante.

A Índia é um dos pontos de concentração da ameaça, incluindo zonas urbanas como Mumbai, o que segundo os especialistas desmitifica a tese de que a malária atinge apenas as zonas rurais.

Na América Latina, a maior preocupação é com uma área muito extensa, embora pouco povoada, da Amazónia Norte, afectando sobretudo o Brasil. No entanto, o ponto de acesso também inclui regiões de Peru, Colômbia e Venezuela.

Na América Central, quase toda a Nicarágua é um ponto de acesso à malária vivax, assim como partes de Honduras e Guatemala.

Pelo contrário, em África as taxas de infecção parecem estar «muito, muito baixas» na maior parte do continente. No entanto, o mapa indica um nível «moderado mas estável» em algumas regiões do Chifre da África e em Madagáscar.

Durante a reunião foram apresentados ainda estudos apontando que os tratamentos existentes para a malária vivax são «inadequados» e «potencialmente tóxicos» para milhares de pessoas.

É hora de dar mais um passo na «luta contra a malária vivax e deixar de olhar para esta forma da doença como relativamente leve e tolerável», assinalou em comunicado Peter Hotez, especialista em doenças infecciosas e presidente da ASTMH.

Fonte:Diariodigital

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