Como fazer exame de sangue sem picada de agulha

29/02/2012 11:33

Numa viagem ao interior da Índia, Myshkin Ingawale viu uma mulher morrendo de anemia durante o parto. A cena chamou a atenção dele: anemia, afinal, é uma doença facilmente diagnosticável. O problema é que fácil não quer dizer barato. Uma máquina capaz de fazer os diagnósticos pode custar 10 mil dólares. E exige um profissional de saúde treinado para operá-la. O vilarejo de Parol não tinha nem um nem o outro.

Ingawale então encampou a missão de levar os testes de anemia a todos os habitantes do planeta. Para isso, precisava de uma solução que, necessariamente, atendesse duas demandas: custar pouco e poder ser operada por qualquer um. Ou seja: não poderia ter agulhas, porque a picada não só diminui o interesse dos pacientes pelo teste, mas aumenta a necessidade de qualificação de quem a aplica.

No final do ano passado Ingawale tinha um protótipo em mãos – o ToucHB. E hoje ele apresentou a ideia no TED. Uma máquina do tamanho de um tablet e que funciona com duas pilhas AA. Mais do que isso: sem picada. No lugar da agulha há um feixe de luz. Basta lançá-lo de um lado do dedo, monitorar como ele o atravessa e medir sua intensidade ao chegar na outra ponta. Com esses dados é possivel determinar o batimento cardíaco, a quantidade de hemoglobinas e a saturação de oxigênio no sangue. O suficiente para fazer um diagnóstico de anemia. E, quem sabe, o embrião do exame de sangue sem picada de agulha.

PS: A SUPER está em Long Beach, nos Estados Unidos, para acompanhar o TED. De hoje até o dia 2 de março você poderá acompanhar neste espaço alguma das melhores palestras da conferência que tem como princípio disseminar boas ideias. Fique ligado!

Fonte:Super

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