Câmara de Vereadores anuncia exoneração de servidores comissionados

05/08/2013 20:39

Com orçamento mensal de R$ 2,6 milhões, a Câmara de Vereadores de Cuiabá anunciou a exoneração de 20% do total de 119 comissionados da Casa. Além do corte, a Mesa Diretora está extinguindo secretariais legislativas, como: Secretaria de Informática, que volta a ser uma diretoria, e a Secretaria de Planejamento.

Só com as exonerações, o orçamento irá apresentar uma economia de aproximadamente R$ 130 mil mensal. Até o final deste mês, o presidente João Emanuel (PSD) deve anunciar o corte de mais 30% dos funcionários comissionados.

Segundo dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE), nos quatro primeiros meses deste ano, a Câmara já empenhou R$ 26 milhões para despesas gerais, incluindo salários e verbas indenizatórias dos parlamentares.

O valor é semelhante ao utilizado em todo o ano 2012, pela antiga legislatura, que chegou a R$ 26,8 milhões em 12 meses. Na gestão passada havia 19 vereadores na Casa, mas com o acréscimo de seis vagas a Casa saltou para 25 cadeiras disponíveis. Seguindo esse ritmo, a ampliação deve gerar aos cofres públicos a oneração de aproximadamente R$ 208 milhões neste ano.

Para o vice-presidente Onofre Júnior (PSB) o aumento de seis cadeiras, por si só, não é responsável pela oneração na receita. “Há pagamento de mais seis salários, mas há ainda pagamento de verba, gastos com pessoal e demais despesas. É claro que íamos ter que cortar as despesas”, disse ele.

Segundo o primeiro-secretário, vereador Maurélio Ribeiro (PSDB), disse que a Câmara fez um levantamento e por isso optou por fazer a adequação financeira. Questionado sobre o fato de a Casa priorizar altos salários, em detrimento de geração de emprego e renda, o tucano reagiu e disse que não foi essa gestão que proporcionou o aumento de salários aos vereadores.

“A gente quer que a população entenda que não foi essa mesa que aumentou o número de vereadores e nem os salários. Foi uma decisão da antiga gestão. É claro que todos querem melhorias salariais, condições de trabalho melhor, mas cabe ao presidente gerir a Casa com o que temos em caixa”.

“Vamos cortar na nossa própria estrutura. Essa medida não é pra viabilizar apenas o ganho do vereador, mas a gestão da Casa. Tem ‘gordura’ para tirar. Existia um excesso que precisava ser corrigido”, afirmou o vereador.

Fonte: Repórter MT

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