21/10/2014 00:36
Cerca de 100 moradores do edifício Sunset Boulevard, localizado no bairro Araés, em Cuiabá, fizeram uma carreata, que saiu do condomínio, na Rua Desembargador José de Mesquita, até à sede administrativa da Plaenge Construções, na Avenida São Sebastião, para cobrar apoio da empresa.
O prédio residencial, que tem 23 andares e foi entregue pela Plaenge em 2002, teve um curto-circuito, por volta de 4 horas de terça-feira (14).
Na ocasião, o edifício ficou tomado por uma grossa camada de fumaça e causou danos em vários apartamentos, além de demandar uma grande operação do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para resgate das famílias, que ficaram isoladas em seus andares.
De acordo com os representantes da Comissão do Condomínio, os advogados Humberto Rolim e Bruno Oliveira e o engenheiro eletricista Assan Salim, a empresa não está prestando assistência alguma às famílias e nem mesmo se manifestou sobre o acidente.
Segundo os moradores, eles estão vivendo na casa de familiares, amigos ou em hotéis.
Além disso, há moradores que continuam internados em hospitais da Capital com pneumonia tóxica e broncopneumonia, causadas pela fumaça inalada durante o curto-circuito, sem receberem nenhum tipo de assistência médica.
Reunião
O diretor-geral da Plaenge em Mato Grosso, Rogério Fabian, convidou o trio de representantes do condomínio para uma reunião na sede da Plaenge, para que os problemas enfrentados pelos moradores fossem apresentados à diretoria.
Fabian, porém, pediu cautela quanto ao assunto, afirmando que os laudos ainda não foram finalizados.
“Essa reunião é necessária porque o laudo da perícia da Politec ainda não saiu e não sabemos se a Plaenge é a culpada do acidente”, disse.
Enquanto a reunião acontecia, os moradores continuaram aglomerados em frente à sede da empresa.
O advogado da Plaenge, Carlos Stábile, disse que só iria se pronunciar após a reunião, mas reafirmou que tudo que for preciso será feito pela empresa.
Resultado
Trinta minutos de reunião entre a assessoria jurídica da empresa e os moradores não teve o resultado esperado.
“Eles não aceitaram, de primeiro momento, pagar nossas custas de moradia e alimentação. Prometeram analisar os custos, mas não falaram nada em pagar ou em data. Hoje, em reunião, vamos levantar os gastos de todos e formalmente entregar um relatório à diretoria da empresa”, disse advogado Bruno Oliveira.
A assessoria de imprensa da Plaenge disse que a empresa tem com um dos focos principais a reforma do prédio.
A empresa sinalizou, também, que irá pedir uma relação, de cada morador, dos danos causados, para possível indenização.