Estimativa para inflação em 2016 chega a 7,26%

01/02/2016 19:17

Pela quinta vez consecutiva as estimativas da inflação para 2016 é elevado. Para 2017, já subiu por três semanas consecutivas – agora, os dados passaram de 5,65% para 5,80%

A estimativa das instituições financeiras para a inflação ao longo do ano continua a avançar. Em seu quinto ajuste consecutivo, o prognóstico para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) passou de 7,23% para 7,26%, de acordo com os dados do relatório Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central. Para 2017, a estimativa sobe por três semanas consecutivas – agora, os dados passaram de 5,65% para 5,80%.

As estimativas de inflação estão distantes do centro da meta, de 4,5%, e neste ano supera o teto, de 6,5%. O limite superior da meta em 2017 é 6%.

Segundo o relatório, a estimativa para o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) ao fim deste ano subiu pela quarta semana, de 6,96% para 7%, e a variação para 2017 foi mantida em 5,50%. No caso do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), a variação para 2016 subiu pela quinta semana, de 6,75% para 7,18%, e o total para 2017 avançou pela sexta semana, de 5,48% para 5,49%. Para o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), os dados para 2016 subiram pela quarta semana, de 6,14% para 6,27%, ao passo que os dados para 2017 foram mantidos em 5,18%. O percentual dos preços administrados subiu pela terceira semana, de 7,62% para 7,70%, e a variação para 2017 foi mantida em 5,50%.

Depois da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC de manter a taxa básica de juros em 14,25% ao ano, os analistas não esperam mais por aumento dos juros básicos em 2016. A mediana das expectativas (que desconsidera os extremos nas projeções) para o final de 2016 caiu de 14,64% para 14,25% ao ano. Em 2017, a expectativa é de que a taxa Selic seja reduzida e encerre o ano em 12,75% ao ano.

As instuições também projetam retração da economia em 2016:  A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) foi levemente ajustada de 3% para 3,01%. Para 2017, as instituições financeiras esperam por recuperação da economia, com crescimento de 0,7%. A estimativa anterior de expansão era 0,8%.

A produção industrial deve apresentar retração de 3,8% este ano, contra 3,57%, previstos na semana passada. Em 2017, o setor deve se recuperar, mas a projeção de crescimento foi mantida em 1,5%. A estimativa para a balança comercial ao fim deste ano subiu pela terceira semana, de US$ 37,45 bilhões para US$ 37,90 bilhões, e os números para 2017 foram mantidos em US$ 40 bilhões.

A projeção para a cotação do dólar subiu pela segunda semana, passando de R$ 4,30 para R$ 4,35 (média do período avançou de R$ 4,19 para R$ 4,20) ao final de 2016, e foi mantida em R$ 4,40, ao fim de 2017 (a média do período avançou pela terceira semana, de R$ 4,20 para R$ 4,29).

Segundo o relatório, os dados para o déficit em conta corrente no ano passaram de -US$ 32,10 bilhões para -US$ 33,55 bilhões, e os números para 2017 foram de -US$ 26,50 bilhões para -US$ 27,25 bilhões. No caso da dívida líquida do setor público, a relação com o PIB para o fim deste ano caiu de 40,20% para 40%, mas a variação estimativa para 2017 registrou seu segundo ajuste consecutivo, de 42,20% para 43%.

O volume de investimento direto no país foi mantido em US$ 55 bilhões para 2016, e em US$ 60 bilhões para 2017.

 

Fonte - JornalGGN
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