”É golpe!!!” – A frase dos golpistas

12/05/2016 14:32

Dilma enfatizou em pronunciamento após impeachment a frase que marca o seu governo: “é um verdadeiro golpe”, classificou o processo como “fraudulento”.

Após receber notificação de decisão do Senado sobre seu afastamento do comando do Palácio do Planalto das mãos do primeiro-secretário da Casa, o senador Vicentinho Alves (PT), a presidente Dilma Rousseff (PT) faz pronunciamento sobre a admissibilidade do processo de impeachment pelos senadores. Durante o discurso

“Eu fui eleita presidenta por 54 milhões de cidadãos brasileiros e é nesta condição de presidente que eu me dirijo a vocês neste momento decisivo para a democracia brasileira e para nosso futuro como nação. O que está em jogo não é apenas o meu mandato, mas o respeito às urnas, à vontade soberana do povo brasileiro, às conquistas dos últimos 13 anos e a Constituição”, afirmou a petista.

“O que está em jogo é o futuro do país diante da decisão do Senado. Quero mais uma vez esclarecer os fatos. Quero falar sobre os riscos deste impeachment fraudulento, deste verdadeiro golpe”, completou.

A petista chegou à cerimônia – que contou com a presença de ex-ministros de seu governo, deputados federais e senadores da base alida – sob aplausos.

Durante o discurso, Dilma admitiu que “pode ter cometido erros”, mas foi categórica ao afirmar que não cometeu “crimes” e alertou sobre “riscos de o país ser dirigido por um governo sem voto”.

Legitimidade

A petista afirmou ainda que o governo Temer não terá a legitimidade para propor e implementar as medidas que colocariam a economia de volta aos trilhos. “Um governo que nasce de um golpe, de um impeachment fraudulento, de uma eleição indireta não é legítimo”, explicou Dilma.

Ela pontuou ainda que o fato de Temer assumir a Presidência não será suficiente para enfraquecer a crise política e voltou a dizer que seu mandato acabará apenas em 31 de dezembro de 2018.

“O destino sempre me destinou muitos desafios. Alguns pareceram a mim instransponíveis, mas eu consegui vencê-los. Eu já venci a dor indizível da tortura e aflitiva da doença. Agora eu sofro a dor da injustiça. Estou sendo vítima de uma farsa política e jurídica, mas não esmoreço”.

Ao final de seu discurso de cerca de 15 minutos, Dilma pediu apoio popular e disse que nunca imaginou que “seria necessário lutar de novo contra um golpe no próprio país”.

“Tenho certeza que a população saberá dizer não ao golpe. Aos brasileiros que se opõe ao golpe, faço um chamado. Mantenham-se mobilizados, unidos e em paz. A luta pela democracia não tem data para terminar. É luta permanente. A luta contra o golpe pode ser vencida e nós vamos vencer. Esta vitória depende de todos nós”, finalizou.

Da Redação com informações de Marcelo Ribeiro em O Financista