Meirelles finaliza equipe econômica do Governo Temer

17/05/2016 10:18

Meirelles finaliza equipe econômica com Ilan Goldfajn e Mansueto de Almeida. Hamilton assumirá a secretaria de política econômica da Fazenda

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmou na manhã desta terça-feira (17) a nomeação do economista Ilan Goldfajn para a presidência do Banco Central.

Em nota à imprensa, o atual presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que as qualidades e formação de Goldfajn “o credenciam a uma bem sucedida gestão frente à autoridade monetária brasileira”.

”[Goldfajn] é profissional reconhecido, com larga experiência no setor financeiro brasileiro, ampla visão da economia nacional e internacional, além de já ter passagem pela diretoria colegiada dessa instituição”, disse Tombini, em nota.

A indicação de Goldfajn precisa ser aprovada pelo Senado. Tombini deve continuar no governo. “Contamos que Tombini continuará integrando a alta administração federal em outra função. Não está no momento de anunciar qual função”, explicou Meirelles. Possíveis substituições de diretores do Banco Central serão discutidas com Goldfajn.

Outras indicações

Meirelles também informou que Mansueto de Almeida, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, será secretário de acompanhamento econômico da Fazenda. A atribuição de Mansueto será cuidar das contas públicas. “Vamos fazer um diagnóstico preciso e correto e tomar medidas que sejam não só eficazes, mas definitivas, que não sejam revertidas depois de um mês ou seis meses”, disse Meirelles.

Também no Ministério da Fazenda, Carlos Hamilton, no Banco Central desde 1992, assumirá a secretaria de política econômica.“Hamilton será o formulador das políticas macroeconômicas que vão fundamentar as ações do governo federal”, declarou Meirelles.

Além deles, Marcelo Caetano, economista do Ipea desde 1997, assumirá a secretaria da Previdência e auxiliará Meirelles na formulação de uma proposta de reforma previdenciária que deve ser apresentada em 30 dias. “Sua principal finalidade será formular uma política de Previdência no Brasil”, afirmou Meirelles sobre Caetano.

O ministro afirmou que o prazo foi proposto por ele mesmo em reunião com o presidente interino Michel Temer, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e centrais sindicais.

“Não temos uma proposta pronta e não faremos nada precipitado”, esclareceu Meirelles sobre o tema.

Meirelles, nome que agrada ao mercado, deixou claro que preferiu realizar a coletiva de imprensa para o anúncio da equipe econômica antes do início do pregão.

 

Por Weruska Goeking em O Financista