26/07/2017 12:32
O Governo Federal já discute a possibilidade de mudanças na meta fiscal para ainda este ano, onde a previsão para o déficit, segundos técnicos, alcance no máximo R$ 139 bilhões
A área técnica do governo já discute internamente a possibilidade de precisar mudar a meta fiscal deste ano, que prevê um déficit de, no máximo, R$ 139 bilhões. A equipe econômica não tem mais margem para administrar frustrações de receitas e depende da concretização de um elevado volume de receitas extraordinárias previstas em programas de parcelamentos de dívidas e venda de ativos, como a “raspadinha”.
Apesar de manter o compromisso de cumprir a meta atual, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mudou de tom e não fechou nesta terça (25) as portas para uma eventual mudança. Em São Paulo, onde participou de uma cerimônia em homenagem ao fundador da Editora Três, Domingo Alzugaray, que morreu segunda (24), o ministro disse que não há “no momento” essa decisão. Ele deixou claro, no entanto, que, se houver a necessidade, a condução dessa discussão será feita pelo Ministério da Fazenda e não pela ala política do governo.
“Não há no momento esta decisão, mas como temos dito em relação a várias outras coisas, inclusive em relação ao próprio aumento de impostos, faremos o que for necessário e melhor para o País dentro de uma perspectiva de realidade tributária. Portanto, qualquer coisa que for levado a presidente da República será com o nosso de acordo”, disse Meirelles. A preocupação do ministro foi afastar rumores de que teria condicionado a sua permanência no cargo à manutenção da meta, o que foi negado por ele.
Da Redação com informações da Agência Estado