10/09/2018 12:26
”Quem quiser que ache ser paranoia, mas percebe-se uma tendência a induzir os jovens a condutas autodestrutivas, por meio do uso de drogas e álcool…”
Assistindo, por acaso, à programação da TV União (canal aberto), vi, em sequência, cenas de uma menina/criança loira com jeito de drogada e louca, ao som de uma música cuja letra falava em beber e se pendurar no lustre, até o dia amanhecer.
A criança se contorcia como nas cenas de filmes em que a pessoa está possuída por demônios e, de vez em quando, se dirigia à janela insinuando suicídio, com a letra dizendo que ela não aguentava mais.
Outros clips mostravam gente com cachimbo, como se estivesse fumando crack, e um piromaníaco, em um prédio abandonado, soltando de cima um isqueiro em chamas para incendiar tudo ao redor.
Quem quiser que ache ser paranoia, mas percebe-se uma tendência a induzir os jovens a condutas autodestrutivas, por meio do uso de drogas e álcool, além do crime de incêndio incentivado pela imagem do piromaníaco.
Enfim, o canal, em plena luz do dia, induz os telespectadores a condutas antissociais, engrossando a corrente dos desembestados, pessoas que perderam os freios morais do medo, da vergonha e da culpa, para quem tudo vale e qualquer coisa serve.
A criança se contorcia como nas cenas de filmes em que a pessoa está possuída por demônios e, de vez em quando, se dirigia à janela insinuando suicídio, com a letra dizendo que ela não aguentava mais.
Outros clips mostravam gente com cachimbo, como se estivesse fumando crack, e um piromaníaco, em um prédio abandonado, soltando de cima um isqueiro em chamas para incendiar tudo ao redor.
Quem quiser que ache ser paranoia, mas percebe-se uma tendência a induzir os jovens a condutas autodestrutivas, por meio do uso de drogas e álcool, além do crime de incêndio incentivado pela imagem do piromaníaco.
Enfim, o canal, em plena luz do dia, induz os telespectadores a condutas antissociais, engrossando a corrente dos desembestados, pessoas que perderam os freios morais do medo, da vergonha e da culpa, para quem tudo vale e qualquer coisa serve.
Por Miguel Lucena é Delegado de Polícia Civil do DF, jornalista e escritor