Opinião – O Brasil, a educação e o progresso

07/06/2019 12:43

”Como educar leva tempo, é um processo, muitas vezes doloroso, o Brasil terá que enfrentar os rebeldes e suas rebeldias se quiser chegar ao Progresso”

Nosso país se parece com uma criança malcriada cujos pais resolveram tomar a rédea da educação. Qualquer ato do governo atual resulta em gritaria, rebeldia, esperneamento. Você já viu aquelas crianças a quem os pais, ou qualquer adulto diz NÃO e a criança simplesmente vira uma fera quase que indomável? Pois é….parece com o Brasil atual.

Todo pai, mãe, educador sabe o quão importante é impor limites ao filhos, aos educandos. Deixa-los entregues à própria sorte resulta em tragédia. Qualquer educador que ame a educação sabe o quão difícil é educar, e principalmente, educar no Brasil de hoje.

O Brasil tem vivido ao léu nessas duas últimas décadas. Depois do tão criticado Governo Militar, a educação, a moralidade, a ética, se tornaram ferramentas para a manutenção de certo grupo no poder. O que mais funcionou foi o laissez faire (deixa passar, deixa pra lá, deixa estar para ver como é que fica), a frouxidão, o relaxo, a falta de disciplina e a ordem. Com grande probabilidade o relativismo, tão em voga nos dias atuais, seja aquilo que no inconsciente produza esse tipo de comportamento social de onde nasce todo tipo de anomalia, insubordinação, rebeldia, motim.

Sem ordem não há progresso! Eu sei que esse slogan não é bem vindo para muitos que não gostam da corrente filosófica chamada positivismo que tem como patrono Augusto Comte, mas sinceramente, NÃO HÁ PROGRESSO SE NÃO HOUVER O MÍNIMO DE ORDEM. Continuo entendendo que Ordem e Progresso ainda é melhor que “GOLPE, FASCISTA”, “HOMOFÓBICO”, etc…etc….

Como alguém disse em tom de humor, mas revelando a tragédia nesse país: O símbolo sexual feminino no Brasil é um homem. O símbolo sexual masculino no Brasil é uma mulher. O político mais honesto do Brasil está preso e o religioso João de Deus, é do Diabo.

Durante décadas o MEC se tornou um ambiente dominado por essa filosofia do “quanto pior melhor”, “do politicamente correto”. O MEC foi instrumento usado para acabar com a democratização no ensino. Em vez de adotar uma Política de ensino, enfiou garganta abaixo a Política (ideológica) no ensino. Esse afrouxamento acabou com o conceito tradicional de família, como se esse conceito fosse a raiz de todos os problemas da sociedade. Criou-se até a ridícula “lei da palmada”.

Os governos criaram facilidades para que mais pessoas entrassem para as Universidades, mas em vez das Universidades servirem como ambiente de pesquisa e de formação de mentes orientadoras, elas passaram a produzir soldadinhos de chumbo de uma ideologia única que insiste em tentar se impor com base no anarquismo.

Posso não admirar os pronunciamentos de alguns ministros atuais. Posso até achar esses pronunciamentos exagerados e desnecessários, mas é interessante notar que os dois últimos governos fizeram mais miserável o ensino e nos deixaram uma desgraçada herança, e também disseram muitas coisas igualmente desnecessárias, mas como a Ordem foi afrouxada houve uma acomodação estúpida, ridícula, medíocre.

É contra essa acomodação que, qualquer governo que se preste em fazer valer o axioma ORDEM E PROGRESSO, vai ter que lutar. E então enfrentará o esperneamento, a rebeldia e o motim. Como educar leva tempo, é um processo, muitas vezes doloroso, o Brasil terá que enfrentar os rebeldes e suas rebeldias se quiser chegar ao Progresso.

 

 

 

 

Por Mauro Aiello, é Pastor, formado Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição em São Paulo em 1988

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